Israel Antunes

Israel Antunes, cronista esportivo, traz a visão crítica a partir do que acontece nos campos, quadras, piscinas e onde mais tiver suor joinvilense atrás de conquistas.

Mudança na parte ofensiva funciona e garante a vitória do JEC

Israel Antunes

Israel Antunes, cronista esportivo, traz a visão crítica a partir do que acontece nos campos, quadras, piscinas e onde mais tiver suor joinvilense atrás de conquistas.

Mudança na parte ofensiva funciona e garante a vitória do JEC

Israel Antunes

Um Joinville diferente foi a campo na quinta-feira na Arena Joinville e venceu o São Luiz por 2 a 0, com gols de Renan Guedes e Kaynan. A vitória coloca o Tricolor na terceira colocação com cinco pontos somados em três rodadas. Um resultado que foi justo pelo rendimento das duas equipes.

O time da casa que não contou com Fabinho Santos, teve o auxiliar William Fabro a beira do campo. O JEC volta a jogar no domingo, às 15 horas, contra o Pelotas no estado gaúcho.

Após um primeiro tempo com um certo equilíbrio, o Coelho teve paciência para encontrar os gols. A escalação inicial teve uma mudança importante no setor ofensivo. Com a ausência de Edson Ratinho, Gustavinho foi deslocado para o lado direito ofensivo e Kaynan começou como titular pelo lado esquerdo. Essa mudança não surtiu efeito positivo na primeira etapa. Gustavinho não foi bem e deve perder a vaga no time para as próximas partidas. O atleta começou todos os jogos como titular, mas o rendimento está abaixo dos demais já testados naquele setor.

No decorrer da partida, o JEC promoveu a entrada de Adriano no lugar de Gustavinho. Embora a cria da base do Joinville não tenha a velocidade como uma das suas principais características, ele demonstra ter mais trato com a bola. Isso ficou claro com a aproximação dele com Diego pelo meio, Guedes pela lateral e principalmente Alisson Mira na frente.

Quando o jogo encaminhava para a parte final, o treinador colocou Lucas de Sá no lugar do volante Braga, recuando Davi Lopes para a função de primeiro volante. Em uma saída de bola, Davi fez um lançamento em profundidade e encontrou Adriano pelo lado direito. Em uma triangulação rápida, Lucas de Sá deixou Renan Guedes cara a cara com o goleiro. O lateral do Joinville só teve o trabalho de escolher o canto e abrir o placar para o JEC.

Com o gol o time teve o domínio do restante da partida. Kadu que havia acabado de entrar fez uma arrancada rápida pelo lado esquerdo e cruzou para o meio, a bola desviou na marcação e sobrou livre para Kaynan, fazer o segundo do Tricolor.

As mudanças da comissão técnica durante o jogo surtiram efeitos positivos. Não quer dizer que os 11 iniciais jogavam mal, mas a estratégia do time pode passar pelas as opções disponíveis. Há muito tempo o time do JEC não tinha no banco de reservas peças que podiam fazer a diferença. Vitória do grupo do Joinville.

Acredito que depois de três jogos, é possível enxergar um padrão de jogo do JEC. Fabinho Santos encontrou uma forma de jogar e mesmo que mude as peças, o estilo é o que se mantém. Identifiquei que quando está com a bola o time valoriza a posse dela, faz movimentações de aproximação e não arrisca sem ter certeza na distribuição das jogadas. Isso significa que o Joinville sempre vai ter mais a posse de bola ao fim do jogo do que o adversário? Não, mas significa que Fabinho tem um time que com a bola no pé, não vai simplesmente se desfazer dela.

O primeiro gol por exemplo, houve uma triangulação entre os jogadores, Adriano, Diego e Lucas de Sá, com o último deixando, com um passe de qualidade, o Guedes na cara com o goleiro. Jogada de treino, de quem entende um proposta de jogo e coloca em prática aquilo que acredita. O time ainda precisa de ajustes, principalmente no volume da parte ofensiva. Mas destaco que na defesa, em nenhum dos três jogos, o JEC sofreu. E isso passa principalmente porque não se desfaz da bola, e sim, valoriza essa posse.

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