O que sabemos sobre a possibilidade de paralisação dos caminhoneiros em Joinville

Polícia Rodoviária Federal acompanha movimentações pelas redes sociais

O que sabemos sobre a possibilidade de paralisação dos caminhoneiros em Joinville

Polícia Rodoviária Federal acompanha movimentações pelas redes sociais

Lucas Koehler

Nesta terça-feira, 7, Dia da Independência do Brasil, caminhoneiros de Joinville afirmam que farão uma paralisação no quilômetro 25, da BR-101, em Joinville. De acordo com um motorista que preferiu não se identificar, a motivação do protesto é para que todos os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) renunciem do cargo.

No local definido pela greve, ele afirma que veículos de carga não terão permissão para trafegar depois das 6h da manhã do dia 7. Carros, ônibus e motos poderão passar pelas vias. Caminhões que transportam medicamentos, oxigênio e cargas perecíveis também não devem ser impedidos, diz o organizador.

O condutor ressalta que os manifestantes são apartidários e não têm líderes, além de citar que o ato não se trata de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nem de ser contra o Poder Judiciário, mas sim quem está nele. “O órgão é de extrema necessidade, o problema é quem está lá”, diz, se referindo aos ministros.

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Segundo o caminhoneiro, a maior parte da classe que pretende aderir à paralisação não discorda do atual governo federal, mas a orientação é que não portem símbolos em apoio a Bolsonaro. “Eu prefiro que não tenham faixas em apoio a ele”, opina.

Apesar das crises nacionais envolvendo a pandemia da Covid-19 e aumento nos preços da gasolina e alimentos, o motorista pensa que este é o momento ideal para realizar a greve. “Ou paramos agora, ou o impacto será maior lá na frente”, finaliza.

Grupo divulga manifestação

O Movimento Direita Joinville (MDJ) é um dos grupos que está convocando a população para o ato na BR-101.

Além disso, o grupo está organizando uma manifestação na Praça da Bandeira, no Centro de Joinville, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Ato pró Bolsonaro será realizado na Praça da Bandeira, em Joinville | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

De acordo com Sipioni Allievi, integrante do MDJ, além de apoiar o governo federal, os atos devem reivindicar o impeachment de ministros do Superior Tribunal Federal (STF)

O que diz a PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), questionada sobre o assunto, afirma que está monitorando a possibilidade de paralisação e, caso a rodovia seja realmente interditada, negociarão com os motoristas para liberação da via.

“A PRF está acompanhando as redes sociais. Ainda não é possível afirmar se haverá paralisação ou não. Mas, se houver, a PRF vai agir da mesma forma como que age quando há protestos de indígenas, povos sem terras e moradores. É o mesmo procedimento: negociação. Tentar negociar sem usar força, para que a rodovia seja liberada o mais rápido possível”, esclarece a PRF.


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