“Para não ser uma turma só sofrendo”: Alunos de Joinville fazem rodízio para dividir uso de sala de aula sem refrigeração
Professor abriu vaquinha e escola fez uma rifa de Páscoa
“Para não ser uma turma só sofrendo”: Alunos de Joinville fazem rodízio para dividir uso de sala de aula sem refrigeração
Professor abriu vaquinha e escola fez uma rifa de Páscoa
- Por Isabel Lima
- 04/04/2024
- 16:38
A Escola de Educação Básica Presidente Médici, em Joinville, e que faz parte da rede estadual de Santa Catarina, precisou implementar o rodízio de turmas para dividir o uso de uma sala de aula sem ar-condicionado. A falta do aparelho e a necessidade de conserto de outros equipamentos estragados motivaram uma rifa de Páscoa, realizada pela escola, e uma vaquinha, promovida pelo professor Edmundo Steffen, que leciona Filosofia.
Segundo o professor, a rifa foi organizada pela própria direção da escola para suprir os gastos da manutenção de aparelhos em diferentes salas. Ao todo, a escola conseguiu vender 171 números, dos quais 64 foram comprados por pais e alunos e outros 107 por funcionários, empresas e grupos parceiros.
A rifa arrecadou R$ 855, valor inferior ao necessário para pagar os custos, que ficaram em R$ 1.150.
Embora não lecione na sala sem ar-condicionado, Edmundo ficou sabendo da situação e decidiu abrir uma vaquinha para arrecadar fundos para a compra de um novo aparelho e auxiliar nas despesas das manutenções realizadas em outras salas.
“A vaquinha foi uma forma de ajudar nessa situação emergencial, mas eu tenho muito claro pra mim que não é função dos professores, dos estudantes e da comunidade levantar fundos para isso”, pontua ele, que é produtor de conteúdo sobre filosofia nas redes sociais.
Ele desativou a vaquinha no começo da semana, com o fim do feriado de Páscoa. Com sua influência digital, Edmundo conseguiu R$ 900. “Como queria deixar totalmente transparente as coisas, depois da volta do feriado não teria como administrar o que era dinheiro de doação para a vaquinha e o que seria dinheiro meu”, justifica o fechamento da vaquinha.
“Ainda não atingimos o valor para a compra de um ar condicionado novo, que gira em torno de R$ 5 mil como orçado pelos assessores da escola”, explica o professor.
Conforme ele apurou internamente, o aparelho está danificado desde o início do ano letivo de 2024. “Começamos a fazer rodízio de salas de aula para não ser uma turma só sofrendo o tempo todo com o calor que faz no ambiente da sala de aula”, pontua.
Embora novo na escola, ele tece críticas à situação dos professores e alunos. “Não existem condições mínimas para lecionar e assistir às aulas, esse direito está sendo infringido, na minha opinião”, conclui.
A Secretaria de Educação de Santa Catarina foi questionada pela reportagem do jornal O Município Joinville quanto à situação das aulas de aula. Em nota, a Coordenadoria Regional de Educação informou que atua na melhoria da infraestrutura das escolas estaduais de Joinville e que os aparelhos de ar-condicionado passam por manutenção duas vezes ao ano.
Como medida para solucionar o problema, a CRE informou que comprou novos ventiladores para a rede estadual.
Leia a nota na íntegra:
“A Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Joinville informa que está atuando na melhoria da infraestrutura das escolas estaduais na cidade, incluindo a EEB Presidente Médici. A manutenção dos aparelhos de ar-condicionado é feita pelo menos duas vezes ao ano e novos ventiladores foram adquiridos para atender os estudantes da rede estadual.”
Leia também:
1. Homem a serviço da prefeitura é baleado após discussão em Barra Velha
2. VÍDEO – Carreta com carga de bebidas tomba na Serra Dona Francisca
3. Prefeitura de Araquari aluga sala na Avenida Paulista; veja valor
4. Após licença médica, Alisson reassume vaga na Câmara de Joinville
5. VÍDEO – Estrela-cadente cruza céu de Joinville
Assista agora mesmo!
Alemão vem a Joinville a passeio e se apaixona por joinvilense: