Pré-candidato de Joinville ao Senado, Kennedy Nunes não teme ligação de Bolsonaro com Seif Júnior
Deputado estadual do PTB ressaltou que partido apoia o presidente sem esperar algo em troca
Deputado estadual do PTB ressaltou que partido apoia o presidente sem esperar algo em troca
O deputado estadual e pré-candidato a senador, Kennedy Nunes (PTB) comentou sobre o cenário para a disputa ao Senado Federal em visita ao jornal O Município, em Brusque, nesta quinta-feira, 21.
Kennedy projetou a disputa pelo Senado no estado, que tem nomes como o ex-governador e ex-senador Raimundo Colombo (PSD) e Jorge Seif Júnior (PL), ex-secretário especial de Aquicultura e Pesca do governo Jair Bolsonaro, que foi indicado pelo presidente ao cargo.
Para Kennedy, o eleitor que apoia o presidente vai pesquisar para conhecer os históricos dos candidatos. “A onda 17 passou. Quem votou no 17 de cabo a rabo, se frustrou. O eleitor vai pesquisar sobre a vida de quem está com ou é apoiado pelo Bolsonaro. Vai ter muita gente que hoje apoia o Bolsonaro que já teve ligação com campanhas do PT”.
“Queria que todos os candidatos fossem da direita, porque defenderiam as nossas posições. Agora, quem Santa Catarina vai mandar para o Senado, só o eleitor pode dizer. Temos alguns candidatos que se dizem conservadores. Tem um que só quer o foro privilegiado, outro, que é o Seif, que é um menino bom, mas que diz que foi escolhido porque toma Tubaína com o presidente. E tem eu”, completa.
Ele destaca que o PTB apoia incondicionalmente o presidente e não espera troca de apoio. “Não sou conservador de agora, bato na esquerda desde que me elegi vereador em Joinville. O candidato Jorge Seif diz que conhece o presidente Bolsonaro há três anos. E antes disso? Mas não tenho nada contra ele. Só que, se for eleito, talvez não tenhamos um senador que tenha peito para encarar os abusos do STF”, completa.
O deputado acredita que o eleitor, atualmente, conhece o papel do Senado e entende a importância no “combate aos abusos da Suprema Corte”.
“Antes era um pouco abstrato. As pessoas entenderam que só os senadores podem combater os abusos da Suprema Corte. Hoje, porém, 80% dos senadores têm processos no STF e fica uma promiscuidade ética e moral. Sou o maior defensor do STF como instituição. Quando eu critico ações de membros da Suprema Corte, estou defendendo o STF. Quero acabar com cargo vitalício, indicações políticas, que seja exigido um mínimo de magistratura”.
Kennedy cita que faz parte do movimento “Acorda Senado”, que reúne dez candidatos de estados diferentes para defender bandeiras conservadoras, o presidente Bolsonaro e combater abusos de integrantes do STF. “Mas, para isso, não poderia ter nenhum processo na justiça. Eu não tenho nenhum em 32 anos de vida pública e posso fazer esse enfrentamento”.
Na disputa pelo governo do estado, o PTB não terá candidato, mas ainda não decidiu se vai apoiar algum outro partido.
“Só apoiaríamos quem for da base de apoio ao presidente e quem tiver vaga de senador em aberto: Republicanos, PP e PL. Não vamos conversar com o Republicanos do governador Moisés e o PL já tem candidato. Hoje, conversamos com o PP. Vamos ter a convenção no sábado, 23, e vamos deixar em aberto para governador, vice e suplentes”.
“Se não tiver, vamos entrar sozinho. Seguimos o nosso caminho. O nosso projeto sempre foi a reeleição do presidente Bolsonaro, a eleição de um senador, dois deputados estaduais e um federal. Seria muito interessante ter o PP, o partido tem uma capilaridade muito boa, mas, se não acontecer, vamos sozinho”.
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