Presidente da Acij há quatro meses, Margi Loyola comenta ações e projetos para entidade
Margi é a primeira mulher a ocupar o cargo
Margi é a primeira mulher a ocupar o cargo
Nesta quinta-feira, 27, a Maria Regina de Loyola Rodrigues Alves completa quatro meses no cargo de presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij). Nos 111 anos de história da Acij, Margi, como é conhecida, é a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente.
“Espero que a representatividade do meu cargo inspire e motive mulheres a assumirem cargos de liderança”, comenta. Ela acredita que seja um tabu quebrado. Porém, afirma que a indicação não veio pelo fato de ser mulher e sim pelo seu histórico na entidade.
Margi avalia que estes quatro meses foram “intensos” e comenta o propósito dela a frente da entidade. “O meu direcionamento é realmente uma integração maior entre os associados e os núcleos”, conta.
Durante a cerimônia de posse, no dia 27 de julho, Margi afirmou que uma de suas frentes de trabalho seria aprimorar o portfólio de serviços prestados para aumentar o valor agregado às empresas associadas.
A presidente diz que entre as ações realizadas, a Acij tem divulgado cada vez mais os serviços disponibilizados. Um exemplo são os cartões da Família Util. Além de reforçar a atuação e o trabalho dos núcleos setoriais.
Margi também cita o programa Joinville Emprega Mais. “Existe um grande apagão de mão de obra qualificada”, comenta. Este programa oferece cursos gratuitos de capacitação e também disponibiliza oportunidades de emprego.
O principal público atendido são pessoas que estão há mais de um ano sem conseguir trabalho. A presidente da Acij conta que, desde o início do programa, mais de 300 pessoas já foram capacitadas.
O projeto é uma parceria entre prefeitura, Movimento Santa Catarina pela Educação, Federação das Indústrias dos Estados de Santa Catarina (Fiesc) e Acij.
Para 2023, a entidade não tem um projeto específico planejado. Porém, a presidente ressalta que cada núcleo está a todo momento trabalhando em seus próprios projetos. “A Acij é uma grande máquina. Conforme a demanda dos associados, a gente está interagindo e procurando soluções”, comenta.
Desde o ano passado, o Conselho das Entidades, do qual a Acij faz parte, realiza a campanha “Seu Voto Faz a Diferença” para estimular os moradores de Joinville a votarem. Também fazem parte do conselho a Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac), a Associação de Joinville e Região de Pequenas, Micro e Médias Empresas (Ajorpeme) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville. “As entidades são apartidárias, mas nós não nos omitimos nesse processo”, explica Margi.
A terceira e última fase da campanha foi lançada no dia 1º de setembro deste ano. As reivindicações eram diminuir o número de abstenções e aumentar a quantidade de votos em candidatos de Joinville.
Margi explica que a campanha surgiu devido à preocupação das entidades em perder representação política em Joinville. No dia 2 de outubro, três deputados estaduais e um deputado federal de Joinville foram eleitos.
O número de representantes na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) será o mesmo da legislatura anterior. Na Câmara dos Deputados, o número será inferior, já que Joinville tinha três representantes na última legislatura.
Margi avalia que, apesar de Joinville perder representação política, foi um avanço a quantidade de votos que os candidatos de Joinville receberam. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao todo, os 57 candidatos a deputado estadual de Joinville receberam 318.501 votos. Os 33 candidatos a deputado federal receberam 418.947 votos.
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A presidente da Acij avalia que o número baixo de representantes de Joinville se dá pelo excesso de candidatos. Ela pretende, no período pós-eleição, conversar com os representantes dos partidos políticos para rever a questão da quantidade de candidatos.
A presidente Margi faz parte da diretoria da Acij há 16 anos, quando entrou a convite de Udo Döhler. Ela atuou como vice-presidente em oito gestões até chegar à presidência nesta gestão.
Neste período, a presidente acredita que a principal mudança foi o estreitamento da relação com o estado e a prefeitura.
Na gestão anterior, presidida por Marco Antonio Corsini, Margi foi a vice-presidente responsável pela bandeira da Saúde. Ela relembra da atuação da entidade para auxiliar no combate à pandemia. A Acij realizou doação de respiradores, BIPAPs, testes rápidos e 110 leitos, sendo 83 no Hospital Municipal São José.
O tataravô dela, Hermann Lepper, foi um dos fundadores e o primeiro presidente da Acij. “Eles faziam as reuniões aos domingos, às 10h, na casa dele”, conta. O pai dela, José Henrique Carneiro de Loyola, também dirigiu a Acij, entre 1991 e 1993.
Margi tem participações ativas no voluntariado em entidades e instituições, como Ação Social de Joinville, Hospital Municipal São José, Lar Abdon Batista e Fundação 12 de Outubro. Atualmente, também integra o Conselho do Instituto do Festival de Dança de Joinville.
“Sempre tive um prazer imenso, uma satisfação de fazer este trabalho voluntário. O voluntariado é mais gratificante para quem faz do que para quem recebe”, finaliza Margi.