Principal suspeito de matar líder indígena no Norte de SC é preso pela PF
Crime ocorreu em abril
Crime ocorreu em abril
Nesta sexta-feira, 24, a Polícia Federal (PF) prendeu o principal suspeito de ter matado o líder indígena Hariel Paliano ema abril deste ano. O homem foi preso em Xanxerê após a Justiça decretar a prisão temporária do investigado, a pedido da PF.
Segundo a polícia, foram encontrados indícios que indicam o envolvimento do suspeito no crime. A prisão temporária tem validade de 30 dias, período em que a Polícia Federal irá prosseguir com as investigações para apurar outros indícios que liguem o homem ao assassinato.
Um indígena do povo Xokleng foi encontrado morto no sábado, 27 de abril, às margens da rodovia que liga as cidades de Doutor Pedrinho, no Vale do Itajaí, e Itaiópolis, no Norte do estado. O corpo de Hariel Paliano, de 26 anos, apresentava sinais de espancamento e queimaduras.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o crime ocorreu a 300 metros da casa de Hariel. Ele morava com a mãe e o padrasto, líder da aldeia Kakupli. A casa havia sido alvo de tiros no dia 4 de abril.
O Cimi emitiu nota lamentando o ocorrido e manifestando “profunda indignação e tristeza pelo cruel assassinato de Hariel”. Segundo a entidade, o assassinato dele “é reflexo e expõe o tom da falsa conciliação a que os setores anti-indígenas sempre se propuseram e se propõem na relação com os povos originários”.
O caso foi entregue à Polícia Federal, que iniciou as investigações em 10 de maio, quando foram realizadas buscas na casa da vítima. Na ação, foram apreendidos celulares e roupas que podem ter sido usadas pelos autores do delito. As buscas foram realizadas no período noturno e a equipe usou luminol, um reagente químico que emite luz azul-fluorescente ao entrar em contato com o ferro presente no sangue.
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