Radares em Joinville registram mais de 50 mil infrações; veja quais são as principais
Infrações registradas por autoridades de trânsito também são divulgadas
Infrações registradas por autoridades de trânsito também são divulgadas
Os radares em Joinville registraram mais de 50 mil infrações desde o retorno da operação neste ano. Os dados foram atualizados pela Prefeitura de Joinville nesta segunda-feira, 18.
A reportagem de O Município Joinville acessou um pedido de informação feito pelo vereador Cassiano Ucker (União) à prefeitura, que mostra os dados completos de 30 de junho a 20 de setembro de 2023. Nesse período, foram 20.228 infrações. Entre o fim de setembro e dezembro, foram registradas mais 31.146 infrações, totalizando 51.374 registros desde que os radares voltaram a funcionar.
Segundo a Prefeitura de Joinville, as principais infrações registradas pelos radares foram: transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, avançar sinal vermelho e transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 50%.
Entre o fim de junho e setembro, foram mais de 13 mil registros de infrações com velocidade superior em até 20%. Já a infração de entre 20% e 50% superior ao limite da via, teve aproximadamente 3,3 mil infrações registradas entre junho e setembro.
Os dados até dezembro não foram repassados pela prefeitura.
De acordo com o advogado e professor de direito de trânsito, Marcelo José Araújo, não é novidade que o maior registro de infrações pelos radares em Joinville envolvam velocidade superior ao limite da via. Trata-se de uma característica além da cidade.
Marcelo relata que os radares, no passado, foram vistos como uma “armadilha”, conforme define. No entanto, para o especialista, o equipamento é uma ferramenta de auxílio para realização da fiscalização.
“O aparato eletrônico vem cada vez mais agregar no trabalho do ser humano. No caso específico da velocidade, só tem como flagrar e autuar no artigo 218 com equipamentos de fiscalização”, comenta.
A prefeitura também divulgou quais foram os pontos de radares que mais registraram infrações. Um ponto na avenida Santos Dumont lidera o ranking. Confira:
1º Av. Santos Dumont, próximo ao 4805. Sentido: Sul /Norte – Sul /Norte.
2º Rua Florianópolis x rua Guanabara, n° 685. Sentido: Sul /Norte – Sul /Norte.
3º Rua XV de Novembro, próximo à Mecânica Jaci. Sentido: Leste /Oeste – Leste /Oeste.
Diversas infrações também foram registradas por autoridades de trânsito, incluindo agentes de trânsito e guardas municipais. No período entre 1º de março e 21 de setembro, quase seis meses, a infração mais registrada na cidade foi a de não manter a placa traseira iluminada à noite, com 3 mil registros.
Posteriormente, a lista é seguida pela infração que ocorre por transitar em via exclusiva de transporte público, em que há 2,9 mil. Não usar o cinto de segurança é a terceira infração da lista, com 2,4 mil registros.
Marcelo critica a infração de não manter a placa traseira iluminada à noite. Na visão do especialista, a legislação não está adequada e “demonstra desconhecimento do legislador a respeito do funcionamento de luz de placa”.
“O legislador, na minha opinião, fez uma excrescência. Primeiro, porque ele não conhece carro. A placa acende junto com o farol do carro. Não tem um interruptor específico”, avalia.
Marcelo comenta que uma das opções de a luz de placa não funcionar é quando a lâmpada está queimada, o que geraria outro tipo de infração. Outra possibilidade é que a luz esteja suja ou encoberta de alguma forma.
Os dados apontam que a soma das infrações relacionadas ao uso do celular colocam os registros que envolvem os aparelhos no topo da lista. O especialista lamenta que o espaço que o celular possui na vida das pessoas, sobretudo no trânsito.
“O celular se tornou um vício para todas as atividades da vida. Neste momento, vejo que apenas a autuação tenta controlar isso, além de outros dispositivos que poderiam suprir [o uso do celular no trânsito] e permitir a interação somente verbal”.
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