Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joinville paralisa atendimentos de prevenção

Local aguarda renovação de contrato da prefeitura com laboratórios

Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joinville paralisa atendimentos de prevenção

Local aguarda renovação de contrato da prefeitura com laboratórios

Lucas Koehler

Os atendimentos de prevenção na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joinville foram paralisados por falta de recursos financeiros. A interrupção do trabalho deve atingir até 400 mulheres atendidas pela instituição. Os setores mais atingidos são os que realizam diagnóstico precoces do câncer de mama e as mamografias.

De acordo com Maria de Lourdes Ficagna, presidente da entidade, os atendimentos foram suspensos por falta de verbas e pelo fato da Prefeitura de Joinville estar com impasse no contrato com laboratórios da cidade que fazem a análise e laudos dos exames preventivos.

Maria de Lourdes afirma que até a prefeitura regularizar as parcerias com laboratórios, o local necessita de parcerias para retomar a normalidade nos atendimentos. “Nós não temos verba para pagar o preventivo particular. Como trabalhamos com prevenção, não podemos parar”, alerta.

Além dos serviços de prevenção, a iniciativa também doa lenços, turbantes, próteses mamárias, almofadas, cestas básicas, empresta perucas e oferece atendimento psicológico para pacientes da área de oncologia do Hospital São José, que, até o momento, seguem sendo realizados.

Profissional do São José demonstra preocupação

Juliane Fowlie, técnica de enfermagem no ambulatório de oncologia do Hospital São José, diz que a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joinville é fundamental para o apoio no tratamento da doença. Ela lamenta a atual situação do local. “Estou arrasada com essa notícia. Nosso maior apoio vem de lá, os pacientes precisam demais”, fala.

A técnica de enfermagem explica que pacientes carentes necessitam até de desodorante ou cremes para passar na pele, o que é oferecido pela rede. “Uma senhora já me disse estar arrasada, mas após ser atendida pela Rede disse encontrar o amor”, conta.

Para ela, se a rede feminina parar atendimentos e outros serviços, não terá mais tratamento humanizado que supre necessidades de autoestima das pacientes da oncologia do São José. “Mulheres chegam chorando, mas saem sorrindo”, expressa.

Prefeitura de Joinville se manifesta

Procurada pela reportagem do jornal O Município Joinville, a Secretaria de Saúde de Joinville afirma que tinha contrato com dois laboratórios da cidade que fazem a análise e laudos dos exames preventivos, porém, um deles descumpriu normas do contrato ao não conseguir realizar a quantidade de exames que havia sido contratada. O segundo fornecedor atendeu a demanda do município, mas com a quantidade de exames realizados, o saldo do contrato se extinguiu.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde diz que iniciou um novo processo de contratação do fornecedor que tem capacidade para atender a demanda do município e o processo está em fase final para que o serviço seja retomado com contrato próprio do município.

Outra medida adotada pelo município e que deve iniciar em maio é a realização dos exames via consórcio intermunicipal de saúde. A Prefeitura de Joinville afirma que a ideia irá aumentar o contrato com o prestador de serviço para que a demanda da cidade seja atendida. “Neste momento, os exames são realizados de acordo com a urgência diagnosticada por um médico”, diz o texto.

O município ainda afirma que a equipe da Saúde fez contato com a Rede Feminina, explicou a situação e solicitou que as atividades não sejam paralisadas, visto que há perspectiva para a retomada do serviço.


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