Saiba quais são as principais ações de Érico Vinicius na Câmara de Joinville
“Fala, vereador” recebe Érico Vinicius, que destaca o trabalho para uma maior segurança jurídica no poder legislativo
“Fala, vereador” recebe Érico Vinicius, que destaca o trabalho para uma maior segurança jurídica no poder legislativo
Atual vice-presidente da Câmara de Vereadores de Joinville, Érico Vinicius (Novo) está no primeiro mandato no poder legislativo da cidade. Nas eleições de 2020, se elegeu com 3.504 votos. Empresário, é morador do bairro Bom Retiro e diz que tem demandas em todas as regiões da cidade, mas com mais frequência nos bairros das zonas Centro-Norte e Nordeste.
“Fala, vereador!” é uma série de reportagens de O Município Joinville com os atuais vereadores da Câmara. As matérias são publicadas semanalmente em omunicipiojoinville.com. A ordem de veiculação é aleatória, com base na agenda de entrevistas montada pelo setor de Comunicação da Câmara.
Érico revela que será candidato à reeleição em 2024. “Já conversei com a família e acho que tem total condição de continuar os trabalhos, acreditando que realmente estamos fazendo um bom trabalho”, avalia.
Por conta de estar na vice-presidência da Câmara, o vereador não será membro de nenhuma comissão até o fim do próximo ano.
Em avaliação do mandato até o momento, o vereador diz que os trabalhos que realiza acontecem mais fora do gabinete na Câmara.
A principal atividade, segundo ele, é visitar a comunidade. Ele conta que tem membros da equipe em conselhos dos bairros para poder estar presentes em reuniões em que não consegue participar.
Além disso, também participa de reuniões com o poder Executivo semanalmente, eventos e demandas que eventualmente aparecem ao longo da semana.
“Eu acho que o vereador que permanece no gabinete tem alguma falha. Tem muitas demandas de avaliação que precisa acontecer aqui (no gabinete), mas nesse sentido a gente busca qualificar os nossos assessores para fazer análises e a gente discutir as demandas”, conta.
Nas visitas à população joinvilense, diz que a maior demanda e o principal trabalho é escuta-lá e realizar fiscalizações. “Maior parte do tempo é escutar eles (os moradores), com as demandas e queixas que eles trazem”, complementa.
Das conversas, o vereador conta que os maiores pedidos que chegam é em relação à infraestrutura de forma geral. Com as demandas em mãos, o parlamentar diz que procura entender quais os caminhos necessários para solucionar o problema.
“Primeiro é visto qual é o tipo da demanda. É problema do município? Se sim, fizemos um pedido ou vamos ao secretário da pasta em questão para poder entender como eles estão pensando sobre àquela reclamação”, explica.
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“Com isso, analisamos para ver se é possível fazer uma correção ou se eu vou ter que propor alguma coisa. A função do vereador é ser a voz do povo. Então a gente faz esse elo da população até o executivo, vendo de forma política como podemos resolver os problemas.”
Conforme um levantamento do Observatório Social, Érico é um dos vereadores de Joinville que menos faz indicações e requerimentos. Uns dos motivos, de acordo com ele, é a proximidade que possui com o pode Executivo.
“O outro motivo é com a responsabilidade com as indicações. Infelizmente, tivemos algumas situações que aqui na própria Câmara que apresentaram excessos. Uma mesma rua, por exemplo, tinha cinco pedidos. E isso não seria correto. Mas os vereadores começaram a entender com o decorrer do mandato e já está sendo um pouco diferente”, esclarece.
Para os projetos de lei, o parlamentar informa que uma das principais análises e causas é pela busca de segurança jurídica, para realizar leis claras e evidentes.
Ele é autor de 25 projetos de lei ordinária, sendo 11 de autoria própria. Já de projetos de lei complementar, é autor em 11 projetos, sendo dois de autoria própria.
Um destes projetos, que está em tramitação, é para permitir o “naming rights” em equipamentos públicos de Joinville.
De acordo com a proposta, o poder executivo fica autorizado a celebrar contratos visando a nomeação de eventos e equipamentos públicos municipais que desempenhem atividades dirigidas à saúde, cultura, esportes, educação, assistência social, lazer e recreação, meio ambiente, mobilidade urbana e promoção de investimentos, competitividade e desenvolvimento, atendidos os requisitos previstos na Lei.
Além disso, a cessão de direito à nomeação teria, obrigatoriamente, um prazo determinado de duração a ser definido em edital, tendo a associação de nome, ou marca na forma, realizar um pagamento anual, ou mensal junto ao órgão cedente.
O projeto também prevê que as intervenções, ou seja, as mudanças a serem desenvolvidas nos equipamentos e espaços públicos, fiquem sujeitas à aprovação prévia do poder público.
Segundo o vereador, a ideia surgiu de uma “cópia” de situação semelhante em São Paulo (SP), onde clubes de futebol venderam os “naming rights” de seus respectivos estádios para empresas, e também de um projeto parecido do deputado estadual Matheus Cadorin (Novo).
“É um projeto que ajuda no custeio do aparelho público. Algo que vai baixar o custo público para mim é que já deu certo”, opina.
Desta forma, acredita que o projeto deva ser aprovado na Câmara, visto que, para ele, a maioria dos vereadores não está sendo “oposição por oposição”, mas trabalhando por fundamento.
Outro projeto proposto por Érico, já aprovado e sancionado, estabelece a celebração de acordos e solução consensual de controvérsias no âmbito da administração pública municipal.
Ou seja, visa dar liberdade para o poder Executivo de negociar com empresas, que devem valores para o município ou que foram penalizadas em alguma licitação, para ser entregue um produto que a prefeitura necessite.
“A partir do momento que uma empresa fornecedora do município sobre uma penalização a por conta de algum problema em licitação, ela ficará um período sem licitar, pagar uma multa ou pode até entrar na Justiça. A lei é para dar liberdade a prefeitura de negociar e fazer com que essa empresa produza ou entregue algo que o município tenha interesse”, explica.
Isto, segundo o vereador, desburocratiza e acelera o tempo de trabalho, visto que muitas licitações ficam paradas por conta de penalizações sofridas pelas empresas.
Já para os próximos meses, Érico afirma estar preparando projetos para a área de segurança jurídica e também na de educação, mas que ainda estão sendo analisados por ele e sua equipe.
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