Covid-19: sete pacientes já se beneficiaram com pulmão artificial para tratamento em Joinville
Equipamento entrega oxigênio diretamente ao sangue e retira o dióxido de carbono (CO2), substituindo o pulmão doente enquanto ele se recupera
Equipamento entrega oxigênio diretamente ao sangue e retira o dióxido de carbono (CO2), substituindo o pulmão doente enquanto ele se recupera
Sete pacientes com Covid-19 internados na UTI do Centro Hospitalar da Unimed já puderam se beneficiar da “membrana de oxigenação extracorpórea” (ECMO), conhecida também como pulmão artificial. O equipamento permite entregar o oxigênio diretamente ao sangue e retirar o dióxido de carbono (CO2), substituindo o pulmão doente enquanto ele repousa e se recupera.
O item tem auxiliado no tratamento de pessoas com coronavírus. O médico coordenador da UTI da Unimed, Glauco Westphal, explica que a maior parte dos pacientes internados necessitou de recursos avançados que incluem o auxílio de ventiladores mecânicos (respiradores pulmonares) por longos períodos. Mas, em determinados pacientes, houve dificuldade em oferecer oxigênio suficiente ao organismo, mesmo usando o máximo dos recursos dos respiradores.
Nesses casos, a saída foi utilizar o “pulmão artificial”. O primeiro paciente grave com Covid-19 na unidade foi registrado em 24 de março. Diante do estado crítico, foi necessária a instalação da ECMO. Após quase duas semanas, o equipamento foi retirado e, com mais algumas semanas de internação, o paciente recebeu alta.
A unidade chegou a ter quatro pacientes simultâneos em ECMO. Até o momento, três pessoas permanecem recebendo o suporte, em outras quatro, foi possível a desconexão do aparelho e duas já tiveram alta da UTI.
O médico responsável explica que é importante considerar que se trata de uma medida sujeita a muitas complicações e que requer obedecer a critérios restritos de indicação, sendo aplicada apenas a um grupo específico de pacientes que atendam a determinadas condições clínicas definidas pela Extracorporeal Life Support Organization (ELSO).
Um dos médicos coordenadores do processo, o cirurgião cardiovascular Alisson Parrilha Toshi, comenta sobre a utilização do procedimento na Unimed. “A prática da utilização da circulação extracorpórea foi levada do Centro Cirúrgico para a UTI. E, da mesma maneira, o trabalho de todo um grupo multiprofissional que é essencial para a boa indicação e desenvolvimento da técnica. Podemos oferecer uma alternativa no suporte dos nossos pacientes com diagnóstico de COVID-19”, conclui.