Sinsej “acampa” em frente à Prefeitura de Joinville em protesto ao reajuste salarial aplicado

Protesto iniciou na manhã desta segunda-feira

Sinsej “acampa” em frente à Prefeitura de Joinville em protesto ao reajuste salarial aplicado

Protesto iniciou na manhã desta segunda-feira

Vítor Filomeno

Desde as 8h desta segunda-feira, 25, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville (Sinsej) está “acampando” em frente à sede do Executivo municipal. O motivo é a insatisfação com o reajuste salarial feito pela prefeitura e, até o momento, a não abertura de conversas com o prefeito Adriano Silva (Novo).

Um reajuste salarial de 3% foi proposto pela prefeitura, aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado na semana passada. Em assembleia no dia 29 de fevereiro, a categoria aprovou um reajuste de ganho real de 5% acima da inflação dos últimos 12 meses.

“O reajuste proposto não contempla os anseios da categoria, nem a reposição inflacionária do período. Nós estamos amargando historicamente um déficit salarial, por isso queremos o ganho real para termos uma recomposição das perdas que foram acumulando ao longo dos anos. A nossa categoria teve o menor reajuste de todas as outras em Joinville”, comenta a presidente do Sinsej, Jane Becker.

Quando anunciou o reajuste, a prefeitura informou que faria a reposição da inflação em parcela única, no valor total do acumulado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio de 2023 a fevereiro de 2024.

Segundo a administração municipal, o acumulado no período foi de 3,13% e será incorporado nos vencimentos e também no vale-alimentação dos servidores da Prefeitura de Joinville e da Câmara de Vereadores de Joinville a partir de março.

Jane diz que o pedido por negociação é urgente. “Foi um uma deliberação da direção do sindicato junto à categoria, porque o prefeito Adriano Silva não abriu mesa de negociação. Por ser um ano eleitoral, a campanha salarial tem de ser antecipada, por conta da lei dos 180 dias que antecedem o período eleitoral. Então, estamos reiteradamente solicitando ao prefeito que abra mesa de negociação”.

Procurada pela reportagem do jornal O Município Joinville, a prefeitura informou que não vai se pronunciar sobre a mobilização do sindicato. Na semana passada, o Executivo divulgou que a reposição é geralmente aplicada em maio, mas como 2024 é um ano eleitoral, é preciso considerar as previsões da lei 9.504/1997, que estabelece as normas para eleição, assim como o posicionamento do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina sobre o período para a concessão da reposição inflacionária em ano eleitoral.

Vítor Filomeno/O Município Joinville

Acampamento

A intenção inicial, segundo Jane, era de que o “acampamento”, permanecesse por 12 horas em frente à Prefeitura de Joinville, mas ela já admite que o período deve ser maior. “Tínhamos pensado em passar o dia aqui, das 8h às 20h, mas provavelmente vamos passar a noite e o dia de amanhã inteiro aqui. Só vamos sair daqui quando conseguirmos negociar”, garante.

Vítor Filomeno/O Município Joinville

Na manhã desta segunda, uma reunião foi marcada. O sindicato foi recebido pelo secretário de Gestão de Pessoas, Ricardo Mafra. Entretanto, a expectativa do sindicato é conversar com o prefeito.

Em relação à opinião pública, a presidente do Sinsej garante que há um diálogo em andamento com a população e uma panfletagem será feita para garanti-lo. “Pedimos a compreensão da população, que ela nos ajude, porque a greve não interessa para ninguém. O servidor não quer fazer greve, mas ele também precisa do seu salário. É a sobrevivência do trabalhador. Então, estamos na luta por isso”, finaliza.

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