Técnico de vôlei é condenado a 60 Anos por estupro de adolescente em São José

Ele pode recorrer em liberdade

Técnico de vôlei é condenado a 60 Anos por estupro de adolescente em São José

Ele pode recorrer em liberdade

O técnico de vôlei André Testa foi condenado a 60 anos de reclusão em regime fechado após estuprar atletas adolescentes em São José, na Grande Florianópolis. Ele pode recorrer em liberdade.

A pena também abrange três anos e nove meses de detenção em regime inicial aberto e 110 dias-multa. As denúncias das vítimas vieram à tona em 2022.

Técnico de vôlei de projeto social

Denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina, André era treinador em um projeto social. Ele se aproveitava da posição de superioridade e dos sonhos das vítimas de se tornarem jogadoras profissionais para manipulá-las, constrangê-las e estuprá-las.

André foi sentenciado pelos crimes de estupro de vulnerável e estupro, por induzir jovens ao uso de drogas e álcool, além da submissão a situações vexatórias e de constrangimento.

Julgamento

A sentença refere-se a quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável, uma condenação por estupro e uma por constrangimento ilegal.

Ele também foi condenado pelo crime de fornecer, servir, ministrar e entregar bebida alcoólica para menores de idade, além de submetê-los a situações de vexame ou constrangimento.

Por fim, André foi condenado pelo crime de induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga.

Relembre o caso

São José mantinha duas “casas atletas”, nas quais abrigava 11 adolescentes e cinco meninas que participavam do time de vôlei de um projeto municipal coordenado por uma entidade esportiva sem fins lucrativos.

Os jovens estavam sob a responsabilidade de André, com permissão dos pais ou responsáveis legais.

Em 2022, após denúncias contra ele por alguns adolescentes do projeto, foi instaurado um inquérito policial para apurar diversos crimes que teriam sido praticados por ele contra os atletas.

As denúncias incluíam crimes de importunação sexual, estupro de vulnerável, coação no curso do processo, submissão de criança ou adolescente sob sua autoridade a vexame ou a constrangimento e, ainda, fornecimento, serviço, ministração ou entrega, ainda que gratuitamente, a criança ou adolescente, de bebida alcoólica.

No decorrer dos fatos, teve sua prisão preventiva decretada. Segundo consta nos autos, persuadia os meninos com brincadeiras íntimas e fazia convites para passeios.

Segundo depoimentos, nessas situações, induzia os adolescentes a tomarem bebidas alcoólicas para deixá-los vulneráveis.

Então, levava as vítimas para sua casa ou motel e cometia os crimes. Para permanecer impune, prometia aos atletas crescimento na carreira ou os ameaçava de serem desligados do projeto.

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