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VÍDEO – Saiba como está homem que ficou ferido após explosão de cilindro de gás em Joinville

Acidente aconteceu em novembro de 2021

VÍDEO – Saiba como está homem que ficou ferido após explosão de cilindro de gás em Joinville

Acidente aconteceu em novembro de 2021

Fernanda Silva

“Tinha certeza que ia morrer”, este foi o primeiro pensamento que passou pela cabeça de José Carlos Struz ao ficar gravemente ferido após a explosão de um cilindro de gás. O acidente aconteceu na casa da vítima, no bairro Paranaguamirim, em Joinville, em novembro de 2021.

Ao tentar fazer a transferência do gás que estava em seu veículo para o botijão da cozinha houve a explosão. Aquela devia ser a terceira vez que José realizava a manobra que resultou no acidente.

O motorista de Uber conta que, após a explosão, ficou acordado até a chegada dos bombeiros. Ainda deitado no chão de casa, pensou que não sobreviveria. Quase quatro meses depois, tem uma única sequela na perna.

Além dos ferimentos em José, a explosão do gás atingiu parte do imóvel da família e também um fio de luz. Foi isso que alertou os vizinhos de que algo havia acontecido. Com a queda de energia elétrica e o estouro, os moradores próximos chamaram o socorro.

Nelson Struz, pai de José, se recorda bem daquele dia. Estava no trabalho, foi lanchar mais cedo do que o habitual e, durante esta pausa, recebeu o telefonema. “Achei que meu filho tinha morrido pela gravidade do acidente”, lembra.

A preocupação de Nelson também estava com os netos de seis e quatro anos, que estavam em casa com o pai no momento do acidente. “Agradecemos que as crianças estavam dentro de casa”, afirma.

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Tempo no hospital

Gravemente ferido, José conta que ficou em coma, internado na UTI por quase dois meses e mais duas semanas em observação no quarto. Ao todo, foram mais de 65 dias no hospital.

Além do coma, teve hemorragia e passou por cirurgias. Neste período, também lembra de ter delírios por conta da medicação forte. “Foi complicado”, relata.

Em uma das cirurgias passou por complicações. José conta que deste episódio não tem lembranças, quem sofreu mesmo foi a família.

“O pé fica inchado, tiraram baço, fizeram cirurgia do intestino. Hoje está tratando o fêmur quebrado, então tem dificuldade de caminhar e o pé continua inchado, estamos trabalhando nisso. Não foi fácil, a gente tinha medo que ele precisasse amputar a perna”, relembra o pai.

Hoje, quase quatro meses depois do acidente, com cirurgias no baço e intestino, a sequela que tem afetado um pouco mais a vida de José é a da perna. Com limitação no fêmur, o joinvilense precisou de fisioterapia para voltar a andar. “Tinham dado seis meses para eu começar a andar, mas com um mês, mais ou menos, já andei. Mas ainda sinto bastante dor”, comenta.

A última sessão de fisioterapia aconteceu no fim de fevereiro. Em meados de março, José volta ao médico para reavaliar a necessidade de mais sessões.

Na cabeça, ainda há flashes do ocorrido. “Fica trauma, toda hora vem na cabeça, bate o desespero”, conta. Mas, tem fé que com o passar o tempo a lembrança torne-se apenas um aprendizado e o medo vá embora.

Motorista de Uber, José ainda não pôde voltar a trabalhar. Precisa avançar mais na mobilidade para retomar o cotidiano. Com a agilidade que registrou durante as sessões de fisioterapia, acredita que estará apto a retornar ao trabalho em breve. “Estou me recuperando bem rápido”, diz. Nelson também vê uma melhora rápida no filho e espera que até fim do ano José volte às suas atividades normalmente.

Suporte

Sem poder trabalhar, José se viu rodeado de solidariedade. A família se organizou para fazer os reparos no imóvel, que também ficou danificado com a explosão. Amigos e pessoas próximas fizeram vaquinhas para arrecadar recursos financeiros para ele e a família. “A cada um que ajudou, com oração ou ajuda financeira, eu agradeço”, diz o morador.

Dentro de casa, quem tem dado o maior suporte é a esposa. Trabalhadora do setor industrial, Jessica Christensen Struz mudou o horário do emprego para a noite a fim de poder ajudar José durante o dia, acompanhá-lo em consultas, levar as crianças na escola e, também, ganhar um salário um pouco maior, com o adicional noturno.

José admira a força da esposa. “Trabalhar a noite em uma empresa na Zona Industrial Norte tem sido bem puxado pra ela. Tem vezes que chega em casa as 6 horas da manhã, arruma os dois filhos e leva para aula, às 11h30 ela busca eles. Tem dormido apenas 3 horas por dia”, fala sobre a rotina.

O marido também lembra do suporte que Jéssica tem dado na saúde. “É ela que faz meus curativos diários, além de trabalhar”, conta. “É a esposa que leva ele no médico, para fazer fisio, criança na creche. Ela está sendo muito forte”, elogia Nelson.

Arquivo Pessoal

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