VÍDEO – Um mês após atentado em Blumenau, creche faz homenagem às vítimas

Atos foram realizados durante todo o dia

VÍDEO – Um mês após atentado em Blumenau, creche faz homenagem às vítimas

Atos foram realizados durante todo o dia

Marlos Glatz

Nesta sexta-feira, 5, completou um mês do atentado no CEI Cantinho Bom Pastor, que vitimou quatro crianças, em Blumenau.

Durante todo o dia foram realizadas homenagens pelos alunos e pelas professoras. Nesta manhã, os alunos batizaram uma árvore como a ‘Árvore da Paz’ e soltaram 14 balões em comemoração aos 14 anos da creche.

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No período vespertino, os estudantes repetiram o ato no pé de goiaba que fica na entrada e é um ponto de referência da unidade. Os atos serão acompanhados pelas psicólogas.

Retomada das atividades

Além da instalação de mais câmeras e aumento do muro, o CEI também investiu em cerca serpentina no entorno da unidade. O local onde ocorreu o crime, o parquinho, também segue sendo transformado. Atualmente, uma cascata está sendo construída e uma paisagista trará mais natureza ao espaço.

Alice Kienen/O Município Blumenau

O muro, que recebeu nova pintura do lado de fora, também foi transformado do lado de dentro. Alguns desenhos já foram feitos, mas outros serão criados pelos alunos. As mãos deles também marcam uma árvore da vida, pedido da direção.

Alunos, familiares e colaboradores deixam marca no muro. | Foto: Alice Kienen/O Município Blumenau

Apesar das mudanças, nem todos conseguiram retornar ao espaço. Algumas crianças, pais e funcionários ainda não voltaram ao Cantinho Bom Pastor. Para a diretora da unidade, Alconides Ferreira, o momento é de empatia.

“Precisamos ser flexíveis, pois sabemos que essa ferida nunca será curada. Algumas crianças viram o rosto quando passam na frente. Ficamos tristes, mas entendemos. O que eu busco é transformar essa dor em amor”, comenta.

Psicólogas estão atuando no espaço para fortalecer as equipes e os estudantes. Dinâmicas de leitura e interação com os sentimentos são algumas das atividades. O objetivo, segundo a diretora, é que as crianças tenham um espaço seguro para chorar e desabafar.

“Algumas educadoras não vêm mais ao parque. Uma delas hoje veio acompanhada da psicóloga e conseguiu ir até a árvore. Algumas professoras estão afastadas e não sabemos se voltarão. Outras três já pediram a conta”, relata.

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