“Vítima é o próprio Detran”: polícia revela novos detalhes sobre esquema de fraude em Joinville
Três pessoas foram presas nesta terça-feira
Três pessoas foram presas nesta terça-feira
A Polícia Civil revelou na manhã desta terça-feira, 6, novos detalhes sobre o esquema de fraude no sistema do Detran-SC em Joinville. “A vítima é o próprio Detran”, definiu o diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Daniel Régis.
Conforme já divulgado pela polícia, três pessoas foram presas preventivamente nesta terça-feira, duas em Joinville e uma em São Francisco do Sul. “Vi pais chorando”, diz o diretor da Deic.
Entre os presos estão um advogado, uma servidora pública do Detran-SC e outra mulher, que tinha uma relação de amizade com a servidora, além de já ter trabalhado para o órgão estadual. Devido à experiência com o sistema administrativo do Detran-SC, ela também atuava no esquema. Os nomes dos presos não foram divulgados até o momento.
Na terceira fase da Operação Profusão, os crimes analisados são de violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva. Segundo o delegado Pedro Alves, responsável pela 3ª Decor — Delegacia de Polícia no Combate à Corrupção, afirmou que a operação teve dois momentos distintos.
Num primeiro momento, nas ações da primeira e segunda fase, o crime investigado era a inserção de dados falsos no sistema do Detran. Na fase atual, a servidora presa pegava ilegalmente dados cadastrais, como e-mail e número de telefone, de motoristas que poderiam se beneficiar no esquema fraudulento.
Os dados eram repassados para o advogado, que através de seu escritório, cooptava as pessoas para se beneficiarem com a inserção de dados falsos no sistema do Detran-SC. O delegado Pedro também explica que o fato do grupo trabalhar de forma organizada com definições de funções configura o crime de organização criminosa.
“Não se descarta que outras fases venham”, comentou Gustavo Muniz, responsável pela Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (Cecor). Neste momento, os materiais apreendidos, como celulares e computadores, serão analisados e pessoas supostamente envolvidas serão interrogadas.
Os beneficiados pelo esquema fraudulento também são alvos das investigações. Até o momento, a polícia conseguiu identificar cerca de 100 motoristas que tiveram seus direitos de dirigir retomados de forma ilegal.
Até o momento, a operação já prendeu sete pessoas, todas de forma preventiva. Dentre elas, o vereador Mauricinho Soares (MDB), que em um primeiro momento foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, e posteriormente preso preventivamente pelo suposto envolvimento no esquema. Apesar da influência do vereador, o delegado Pedro afirma que a organização não tem um líder.
Ele também acredita que, mesmo após as primeiras fases da operação, é possível que o esquema tenha continuado, já que a servidora, presa nesta terça-feira, ainda estava atuando no Detran-SC.
Outra ação realizada durante a operação, o cumprimento de ordens judiciais para a suspensão das atividades de duas empresas ligadas a um dos investigados da operação.
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