Vítimas de troca de bebês em maternidade de Joinville serão indenizados em R$ 300 mil
Pai de uma delas morreu ao descobrir troca, que ocorreu há 42 anos
Pai de uma delas morreu ao descobrir troca, que ocorreu há 42 anos
Uma família vítima de troca de bebês será indenizada em R$ 300 mil por danos morais, decidiu a 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A troca de das crianças foi descoberta 42 anos após o parto, que ocorreu na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville. O pai da criança, ao saber do erro na maternidade, teve um acidente vascular cerebral (AVC) e morreu.
A troca de bebês ocorreu na maternidade pública do norte do Estado em 1975. O equívoco só foi percebido em 2017, quando uma mulher que nasceu no mesmo local, no mesmo dia, fez teste de DNA e descobriu que não era filha biológica daquela que chamava de mãe. Ela procurou por outras mulheres que deram à luz no local no dia em que nasceu, e o caso veio à tona.
A troca envolveu duas mães e duas filhas. Elas nasceram com apenas 10 minutos de diferença. A família de uma delas identificou a troca moveu outro processo que também rendeu indenização.
Já a outra família, além da troca de bebês, pediu reparação pela morte do pai/marido. Nos dois casos, as indenizações serão pagas pelo estado de Santa Catarina, porque a maternidade é pública.
O relator da matéria observou, que as consequências do caso são inimagináveis. “Não existe, a partir daí, qualquer valor que se aproxime de uma compensação minimamente próxima dos danos suportados pelo autor. Na verdade, nada que se faça reparará o mal em si”, inseriu na decisão.
O magistrado também destacou o relato das duas mulheres (mãe e filha) que devem ser indenizadas em R$ 300 mil (R$ 150 mil para cada uma). Sobre o marido e pai, o relator detalhou que ele foi sendo encaminhado à emergência do hospital em razão de um AVC, que teria relação com o fato, e acabou morreu em seguida.
A 1ª instância havia fixado indenização de R$ 90 mil (R$ 45 mil para cada uma). Mas mãe e filha e o Estado entraram com recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
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