Adriano Silva faz balanço do mandato e conta planos para 2024 em Joinville

Prefeito planeja obras de infraestrutura, ampliação na saúde e incentivos econômicos

Adriano Silva faz balanço do mandato e conta planos para 2024 em Joinville

Prefeito planeja obras de infraestrutura, ampliação na saúde e incentivos econômicos

Fred Romano

Adriano Silva (Novo) se aproxima do último ano de seu mandato à frente da Prefeitura de Joinville. O estreante na carreira política já afirmou publicamente que em 2024 tentará a reeleição.

A reportagem do jornal O Município Joinville entrevistou Adriano, que destacou as principais ações de sua gestão, falou de projetos futuros e comentou sobre decisões políticas.

Infraestrutura

Na infraestrutura, Adriano comenta que são mais de 80 obras em andamento pela Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra), como requalificação de vias e pavimentação total de vias.

O prefeito também destaca dois parques lineares que estão sendo construídos, um no bairro Paranaguamirim e outro no bairro Aventureiro.  O projeto prevê uma reurbanização do local com uma possibilidade de lazer para famílias. “É um investimento bem grande, são R$ 14 milhões, com a iluminação dá R$ 17 milhões”, comenta. A previsão de entrega dos dois é para 2024. Outros dois parques já foram entregues nos bairros Espinheiros e Boa Vista.

Eixo Copacabana

O prefeito explica que houve uma demora no início das obras do Eixo Copacabana devido à necessidade de realizar a drenagem nas vias, mas que agora está próxima de ser entregue. Ele comenta que, com a elevação da BR-101 próxima aos bairros da região sul, toda a água era escoada para os bairros. “Alagava mais de 100 casas”, completa.

Pontes

Joinville decidiu investir em pontes como uma possível solução dos problemas de trânsito na cidade. A ponte Quiriri, danificada pelas chuvas no ano passado, foi totalmente reconstruída como uma ponte de grande porte. As ponte Nacar, Plácido de Olímpio e do Morro do Amaral devem ser entregues ainda em 2024.

A ponte Plácido de Olímpio deveria ser entregue em 2023, porém, devido à problemas com a empresa que havia vencido a licitação, as obras foram atrasadas até contratação de uma nova empresa. Ela deve ser entregue no segundo trimestre de 2024.

A ponte Anêmonas e a ponte Joinville, que segundo Adriano será a maior construída por uma prefeitura em Santa Catarina, deve ter seus editais de licitação lançados no próximo ano. O prefeito explica que a demora acontece devido ao tamanho das obras. Em comissão da Câmara de Vereadores, a Secretaria de Administração e Planejamento afirmou que a ponte Joinville deve ser entregue apenas em 2026. Há a possibilidade de empresas internacionais estarem envolvidas na construção da ponte.

“Essas pontes são sonhos de décadas da cidade de Joinville que a gente conseguiu tirar do papel e botar em execução”, comenta o prefeito. “Algumas entregando e outras deixando bem encaminhadas e executadas”, completa.

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Para além das pontes, a duplicação da rua Ottokar Doerffel foi outra tentativa da prefeitura de realizar mudanças no trânsito da cidade. Ainda durante o processo de duplicação da via, Adriano comenta sobre a possibilidade de uma nova rotatória entre as ruas Ottokar Doerffel, Otto Parucker e Gothard Kaesemodel.

Planos para infraestrutura

Adriano diz que até o fim do mandato planeja mais três grandes obras de infraestrutura em Joinville. Entre as ideias estão construir a segunda saída para o bairro Espinheiros e outra para o bairro Jardim Paraíso. Ambas saídas seriam pontes, porém, o orçamento só seira possível com um financiamento.

A terceira obra planejada é o alargamento do rio Cachoeira. O trecho modificado seria em frente ao prédio da prefeitura, onde ficava o Prédio Verde, demolido neste ano.

Saúde

Na área da saúde, Joinville enfrentou problemas como falta de médicos, filas em postos de saúde e nas UPAs, além de superlotação em hospitais, especialmente no período em que houve uma grande quantidade de casos de dengue na cidade em março de 2023.

Os problemas na saúde ainda levaram a Câmara de Vereadores a abrir uma comissão especial para avaliar o serviço prestado na cidade. O relatório apontou perda de profissionais, com redução de servidores em algumas unidades de saúde, mas aumento em outros.

Também foi indicada a realização de um concurso público “ampliado”. Esse pedido é recorrente por parte do Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej). Adriano justifica que concurso público para a contratação de mais profissionais, inclusive médicos, não aconteceu devido à prefeitura ter atingido o limite prudencial. Entre os motivos que levaram o município a atingir o limite, o prefeito cita a responsabilidade que firmou de aumento salarial anual dos servidores e também a redução na arrecadação de impostos.

Conforme Adriano, o principal motivo para a queda na arrecadação seria a redução do ICMS dos combustíveis definida pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). “Tivemos os mesmos gastos, mas uma receita menor”, diz o prefeito.

Leitos e aporte financeiro do governo estadual

Para ele, um destaque na área da saúde foi o trabalho realizado durante a pandemia da Covid-19. Adriano avalia que a atuação contra o coronavírus permitiu que a economia da cidade não fosse tão impactada.

Além disso, ele também destaca que houve um avanço na quantidade de cirurgias realizadas. Isso se dá, conforme Adriano, devido à ampliação de UTIs no Hospital Bethesda e também no Hospital São José. A Secretaria de Saúde de Joinville tem 20 leitos de UTI conveniados com o Bethesda. Dez deles são conveniados com o Ministério da Saúde e os outros dez estão em processo de habilitação. Enquanto isso, a prefeitura é quem arca com os custos desses dez leitos.

O Hospital São José, que já teve uma mudança nos equipamentos de radiografia e nas salas cirúrgicas, deve receber mais melhorias. Atualmente a prefeitura trabalha para a reforma do ambulatório da unidade.

Outra mudança para o São José é o apoio financeiro enviado pelo governo de Santa Catarina. Devido à demanda de outras cidades da região que o hospital tem, o governador Jorginho Mello (PL) destinou R$ 32 milhões, parcelado em um ano, para a saúde de Joinville. “Deve girar em torno de 30% a menos do que a gente gostaria, mas já é uma grande ajuda de início”, comenta. O valor está sendo utilizado para o hospital e em outras frentes da saúde.

Organização social no São José

Como promessa de campanha, em 2020, Adriano citava os planos para transformar o Hospital São José em uma organização social, assim como é o Hospital Infantil. Para o prefeito, a principal motivação para esta mudança seria tentar agilizar a administração de recursos. Ele exemplifica que um aparelho danificado seria trocado mais rápido em uma organização social por não precisar do processo licitatório, como quando a unidade é administrada pela prefeitura.

O governo federal define as organizações sociais como uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que obteve a qualificação de organização social por meio de decreto, para realizar atividades de interesse público. Essa organização, em parceria com o estado, executará atividades de interesse público, voltadas ao ensino, à pesquisa científica, à tecnologia, ao meio ambiente, à cultura e à saúde.

O Sinsej se manifesta contrário a esta mudança, acusando que a terceirização traria muitas mudanças no quadro de funcionários. Adriano defende que os servidores não seriam afetados com a mudança.

UBSF

No trabalho realizado pela prefeitura com as Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), Adriano destaca que com a recomposição das equipes foi possível aumentar o tempo de atendimento à população. Para ele, há a necessidade das equipes criarem vínculos com os pacientes.

O prefeito também cita a criação das vilas da saúde, um complexo que envolve a UBSF e academias ao ar livre e áreas de lazer para a população. Ele cita que esta medida visa a prevenção na saúde.

Atualmente, são 164 equipes de estratégia de saúde da família que atendem nas UBSFs de Joinville. No primeiro semestre deste ano, seis UBSF ficavam abertas até 19h. Atualmente, são 17:

  • Jardim Paraíso I e II
  • Vila Nova Sede
  • Costa e Silva
  • Bom Retiro
  • Pirabeiraba
  • Floresta
  • Jarivatuba
  • Fátima
  • Boehmerwald
  • João Costa
  • Adhemar Garcia
  • Leonardo Schilickmann
  • Comasa
  • Aventureiro II
  • Bucarein
  • Bhakita
  • Dom Gregório

Educação

Adriano afirma que o principal foco da gestão na educação de Joinville tem sido o acompanhamento mais próximo e individualizado aos alunos e aos servidores. Ele cita a implementação do “14º salário”, que é uma bonificação dada aos servidores da educação quando atingem metas estipuladas para o ano letivo.

Além disso, Adriano informa que a prefeitura tem ofertado cursos e oficinas para capacitação dos servidores, principalmente para o manejo com tecnologias.

Ele também destaca que foram realizadas melhorias na infraestrutura das unidades de ensino, como a compra de projetores de última tecnologia da Epson e construção de ginásios coberto para a prática de esportes.

O programa Trilhas da Educação é outro projeto que Adriano cita. Alunos da rede municipal de ensino têm a possibilidade de realizar atividades no contra turno escolar.

Para a educação infantil, a prefeitura planeja aumentar a oferta de vagas em creche, com 2,5 mil novas vagas. Além disso, há 15 novas creches planejadas. “Ainda tem criança na fila de espera e a gente precisa agilizar isso”, afirma Adriano.

Mudança na merenda escolar

Ainda na educação, este ano a Prefeitura de Joinville realizou uma mudança no modelo das merendas ofertadas nas unidades de ensino da rede municipal. Desde setembro deste ano, a gestão da alimentação das unidades estão com o novo o modelo, que atribui mais responsabilidades à empresa vencedora da concorrência.

A empresa vencedora da licitação foi a Sepat – Multi Service Ltda. A contratada, que no modelo anterior preparava e distribuía a merenda, passou também a comprar insumos, executar a logística, garantir o funcionamento dos equipamentos e cumprir exigências legais em relação ao número de profissionais, suas especialidades e segurança durante o trabalho, por exemplo. A mudança também representa um aumento de R$ 39 milhões para R$ 40 milhões no investimento da alimentação escolar.

Em um primeiro momento, a mudança causou confusão e transtorno para alunos, pais e funcionários. Com longas filas e dúvidas se os alunos poderiam repetir ou não a merenda, o novo modelo passou por um período de adaptação conturbado.

Adriano entende que nos primeiros meses do novo modelo foi possível identificar os possíveis pontos para ajustes. Ele ainda ressalta que a medida foi tomada para desburocratizar a compra dos alimentos.

Ainda com relação à realização do serviço pela Sepat, as então cozinheiras do modelo anterior se tornaram fiscalizadoras do serviço. Em caso de descumprimento de contrato e de funções, a empresa poderá ser notificada e multada pela prefeitura.

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Economia

O principal ponto para a gestão de Adriano na economia de Joinville é a desburocratização. “É fundamental que o empreendedor tenha seus braços e pernas desamarrados”, comenta. Segundo o prefeito, a gestão dele facilitou a abertura de mais empresas na cidade. Com isso, o prefeito também cita a criação do espaço do empreendedor e o recorde de vagas de emprego. Conforme o governo federal, em outubro, Joinville foi a cidade de Santa Catarina com o melhor saldo na geração de empregos.

O prefeito também cita que o foco na zona sul de Joinville tem sido importante para movimentar a economia da cidade. Com a criação do distrito industrial da região sudeste, empresas poderão ter incentivos fiscais para se instalar na região do bairro Paranaguamirim.

Outra medida, anunciada recentemente, é que um espaço de 3,2 mil hectares na zona Sul de Joinville pode se tornar uma gigante área para receber indústrias, galpões e outros negócios. Um projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores de Joinville deve alterar as regras de zoneamento e permitir construções na região.

A ideia da prefeitura é que a área receba investimento de empresas de fora, principalmente pensando em logística. Adriano explica que Joinville está posicionada entre cinco portos e três aeroportos e a falta de espaço para empresas de logística faz com que a cidade perca o investimento dessas empresas para cidades vizinhas.


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