Você já deve ter percebido como tem crescido a discussão sobre a ansiedade nos últimos anos, principalmente após o início da pandemia de Covid-19. Não é à toa. O mundo em que vivemos, em pleno século XXI, nos traz diversas questões que promovem ansioso de ser.

O mundo de hoje é tech, é pop, é tudo: a tecnologia nos permite fazer mais e cada vez precisamos fazer mais.  Dar conta do trabalho, família, relacionamentos, alimentação, ter uma vida fitness, dormir 8h por noite, estudante, viajar, comprar. Uma lista interminável de coisas que necessitamos dar conta.

Parece que as exigências para se ter uma “boa vida”, e mostrá-la para as outras pessoas, nos dias de hoje, se tornou um obstáculo que em alguns momentos nos impede de alcançar essa “boa vida” de fato.

E, envoltos em tantas exigências, obrigações e necessidades para se dar conta, nossa mente, volta e meia, fica perdida. Queremos dar conta de tudo isso. Precisamos dar conta de tudo isso.

É aí que, muitas vezes, surge essa tal ansiedade. Acompanhada claramente do medo de não conseguir dar conta, do medo de não saber o que fazer em situações específicas. É ali que nasce a vontade de fazer tudo com perfeição, o sentimento de que tudo pode desmoronar e dar errado, essa preocupação constante.

Ansiedade é uma preocupação, medo ou nervosismo ligado à uma situação, um evento ou algo que ainda não aconteceu. O desconhecido.

Por exemplo, quando você vai a um encontro existe certa ansiedade envolvida. Quando você vai realizar uma prova ou apresentação importante, ela costuma aparecer, certo?

Quando a ansiedade é doença, então? A resposta é: depende.

A verdade é que existe uma grande diferença entre as ansiedade que vivemos diariamente e o transtorno de ansiedade que é considerado uma doença. De uma forma geral, todos nós temos ansiedade.

Sim! A ansiedade faz parte da nossa vida, afinal é um sentimento que nos permite imaginar como será o futuro. Ansiedade permite que nós preparemos para agir diante de algumas questões da vida. Voltando ao exemplo da prova ou apresentação, é a ansiedade que te mobiliza a pensar nesse acontecimento e te preparar para ele. Assim você irá estudar, treinar a apresentação e estar preparado.

Ou se você decide viajar. Você vai pensar para onde quer ir e planejar essa viagem, programando os pontos turísticos que quer conhecer ou o que você quer fazer na viagem. Isso é possível por conta da ansiedade.

Quando você vai se formar, você tem um novo mundo pela frente. Com o mercado de trabalho e suas diversas portas que se abrem, a ansiedade te faz pensar em como será esse futuro profissional, quais possibilidades podem surgir ou o que você gostaria que surgissem.

Ou seja, a ansiedade também serve para o bem, sim! E ela é muito útil no nosso cotidiano.

Quando ela se torna a vilã?

A ansiedade passa a ser doença quando ela começa a ser muito persistente e intensa. Principalmente quando dificulta o seu dia a dia e o seu sucesso para realizar as tarefas diárias.

A doença se mostra quando você fica extremamente nervoso para situações corriqueiras como andar de elevador ou apresentar um trabalho. Sintomas como tremedeira, falta de ar, tontura e até mesmo o desmaio podem ser comuns.

De modo geral, é nessa hora que é necessário ligar um alerta. Principalmente quando essa sua tentativa de “prever” o futuro começa a atrapalhar ao invés de ajudar.

Buscar um profissional da saúde para fazer esse diagnóstico é muito importante, não faça autodiagnóstico. Se você estiver em dúvida sobre o seu nível de ansiedade, procure um profissional da área.

Se puder, faça terapia!


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