Você já ouviu falar em inteligência emocional? Este conteúdo vai abordar um pouco sobre o tema e explicar os cinco pilares da inteligência emocional e como desenvolvê-la no dia a dia.

Atualmente temos uma grande busca pela inteligência em diversas formas, certamente a conquista de um diploma é algo honroso e desejado, como representação dessa inteligência adquirida.

Ao longo de muito tempo, a inteligência foi relacionada diretamente ao QI (quociente intelectual), um teste psicológico que avalia a inteligência através do raciocínio verbal, de habilidades matemáticas, da compreensão visual-espacial, da resolução de problemas e da memória.

Mas hoje já entendemos que essas análises do QI medem apenas uma parte da inteligência do ser humano, a parte mais objetiva, por assim dizer. Compreendemos atualmente que existem múltiplas inteligências, dentre as quais a inteligência emocional, que você talvez já tenha ouvido falar em algum momento.

A inteligência emocional começou a ser mais discutida em 1990, e se popularizou principalmente com o livro Inteligência Emocional, lançado em 1995 nos Estados Unidos pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman.

Pode-se compreender inteligência emocional como a habilidade de identificar, avaliar, lidar e gerenciar as próprias emoções e sentimentos. Inteligência emocional também engloba, além de lidar com as próprias emoções, lidar de forma mais assertiva e compreensiva com as emoções e expressões emocionais dos outros. A palavra-chave ao falar de inteligência emocional, ao contrário do que se pensa popularmente, não é o controle, mas sim o gerenciamento.

Também é importante lembrar que como seres humanos, somos seres biopsicossociais. Isso quer dizer que aspectos corporais e biológicos, psicológicos e também sociais constantemente nos influenciam. Esses aspectos também são mobilizados quando pensamos na inteligência emocional.

Assim, temos emoções representadas em alterações fisiológicas (nosso aspecto “bio”); interpretamos essas emoções como sentimentos, o que nos mobiliza mais ou menos a depender da situação (nosso aspecto “psico”); o que faz com que sejamos diferentes ou nos mobiliza a uma ação diferente no convívio, seja expressando nossas emoções, seja identificando as emoções alheias (nosso aspecto “social”).

É importante saber que não nascemos com essa inteligência desenvolvida, mas ela pode ser trabalhada durante a vida. Como uma competência, pode ser potencializada e aprendida. Para desenvolver, sempre digo que é importante conhecer.

A inteligência emocional tem alguns pilares importantes que podem auxiliar no intuito de entender melhor e poder, também, otimizá-la em nossas vidas.

1. Autopercepção

Trata-se da capacidade de se perceber nas situações, principalmente em relação às emoções envolvidas em cada momento, como elas são desencadeadas e quais os momentos que mais aparecem. Isso significa, notar e identificar que tipos de situações te deixam mais triste, mais alegre, com mais raiva, etc.

2. Autorregulação

Envolve, como já dito, o gerenciamento (e não o controle) das situações, os impactos que as emoções tem no seu meio, bem como o gerenciamento de como o meio impacta nas suas emoções.

3. Motivação

Emoções podem ser muito efetivas quando conseguimos gerenciá-las bem, sendo impulsionador e motivador para seguirmos adiante mesmo com obstáculos no meio do caminho. A inteligência emocional envolve essa motivação presente, mesmo que emoções desagradáveis possam fazer parte de alguns momentos.

4. Empatia

Trata-se de conseguir se colocar no lugar do outro, entender como o outro se sente ou como o outro expressa as suas emoções e buscar um movimento altruísta, compreendendo os impactos que nossas ações podem ter sobre as emoções alheias.

5. Habilidades sociais

As interações sociais são o que geralmente mobilizam emoções, sendo assim, é importante não só compreender nossas emoções e as emoções dos outros, mas ter a habilidade de interagir, comunicar e ouvir de forma cooperativa e colaborativa.

Esses são pilares fundamentais da inteligência emocional e já nos auxiliam a compreender um pouco melhor qual a ideia principal e a importância de desenvolvermos cada vez mais essa forma de inteligência, seja para nosso dia a dia profissional, seja para nossas convivências com amigos, familiares, na relação de casal e principalmente na relação consigo mesmo.

Você já conhecia a inteligência emocional? Lembre-se que sempre é possível desenvolver, mas que essa pode não ser uma tarefa fácil para fazer sozinho. Um profissional da psicologia pode ser um grande aliado na busca de desenvolver mais a sua inteligência emocional.

Se puder, faça terapia!

Psicóloga Ana Carolina Schmidt