MP-SC denuncia 24 suspeitos de utilizar empresas fantasmas para “lavar” mais de R$ 3 milhões no Norte de SC
Suspeitos foram denunciados por tráfico de drogas, participação em facção criminosa e lavagem de dinheiro
Suspeitos foram denunciados por tráfico de drogas, participação em facção criminosa e lavagem de dinheiro
O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) denunciou 24 pessoas suspeitas pela prática dos crimes de lavagem de capitais, promoção e participação de facção criminosa em Canoinhas, no Norte de Santa Catarina, em outros cinco municípios catarinenses e nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
De acordo com o inquérito policial, “o grupo, por meio de empresas fantasmas, teria lavado mais de R$ 3 milhões de dinheiro proveniente do tráfico de drogas”.
Os denunciados foram alvo da Operação “Lockdown”, deflagrada em março deste ano pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP-SC. A denúncia já foi recebida pela Justiça e os envolvidos tornaram-se réus na ação penal pública.
A Promotora de Justiça Aline Restel Trennepohl, titular da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas, ressalta que “o desbaratamento do esquema criminoso que permitia ao grupo usufruir das rendas derivadas do tráfico e outros ilícitos representou um duro golpe contra o centro financeiro da organização criminosa e certamente poderá implicar, por via transversa, a futura redução da criminalidade na região norte de Santa Catarina”.
O MP-SC requereu também que, na sentença, os bens, objetos e valores em dinheiro apreendidos durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na Operação Lockdown sejam confiscados e passem a pertencer à União.
Além disso, solicitou autorização à Justiça para que as Polícia Civil e Militar utilizem, de forma provisória, os veículos e a motocicleta apreendidos.
Consta na denúncia que os bens estão depositados no pátio da 22ª Delegacia Regional de Polícia de Canoinhas desde a apreensão ocorrida em 22 de março deste ano e, portanto, estão sujeitos a intempéries e deterioração pela exposição ao tempo e pela falta de manutenção mecânica”.
As investigações da Operação “Lockdown” se iniciaram há pouco mais de um ano no município de Canoinhas. A partir da instauração de inquéritos policiais, a Polícia Civil seguiu a trilha do dinheiro, que levou a outros municípios e estados.
Foi descoberto durante as investigações que os denunciados usavam empresas de fora de Santa Catarina e pessoas que auxiliavam na comercialização dos entorpecentes e davam certa “legalidade” à ação criminosa.
Conforme apontado nos autos do inquérito, “todos demonstraram estar associados à organização criminosa de maneira estável e permanente, alguns colaborando por diversos anos principalmente para permitir que a facção pudesse usufruir dos vultosos lucros gerados pelos crimes que pratica, branqueando o dinheiro derivado em larga medida do tráfico de drogas”.
Com o dinheiro ilícito, bens, imóveis, carros e motocicletas foram adquiridos por integrantes do grupo criminoso.
Em 22 de março deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Joinville atuou em apoio à Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas na Operação “Lockdown”.
Foram cumpridos 24 mandados de prisão e 57 mandados de busca e apreensão contra líderes de uma organização criminosa que controla a venda de drogas em Santa Catarina e outros dois estados.
A ação foi desencadeada pela DIC de Canoinhas com o objetivo de frear o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
Na ação, foram apreendidos na casa de investigados veículos, grande quantia de dinheiro em espécie, drogas e armas. Também foi feito o sequestro de bens e imóveis obtidos por meio do tráfico.
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