“O que ajudou a salvá-lo foi a primeira dose”, diz joinvilense após marido ter Covid-19
Marcos Cesar Denck ficou 35 dias internado em hospital de São Paulo
Marcos Cesar Denck ficou 35 dias internado em hospital de São Paulo
O joinvilense Marcos Cesar Denck, de 41 anos, havia ido a São Paulo no início de setembro como motorista da empresa a qual trabalha, com filiais no estado paulista. A viagem que não duraria muitos dias acabou se estendendo por mais de um mês. Isso porque Marcos ficou 35 dias internado com Covid-19 no Hospital das Clínicas.
A internação hospitalar ocorreu no dia 2 de setembro. Neste período, Marcos teve piora no quadro de saúde, foi entubado e sedado, vindo a melhorar dias depois. A recuperação foi, em boa parte, mérito da vacina, conta a esposa, Eliane Assing Rosa de Limas, 43. “Até o médico falou que o que ajudou a salvá-lo foi a primeira dose”, afirma.
A vacina havia sido tomada no início de junho e a segunda dose estava marcada para o dia 6 de setembro. Enquanto os sintomas foram sentidos por Marcos no dia 2, mesma data da internação.
Ao se sentir mal, o motorista foi encaminhado com urgência ao atendimento médico. No dia seguinte, Marcos recebeu o diagnóstico: estava com Covid-19. Além disso, tinha suspeita de pneumonia e 25% do pulmão já comprometido. A comorbidade também preocupava, já que estava obeso.
Dois dias após dar entrada no hospital, Marcos já foi encaminhado ao leito de UTI, não conseguia respirar sozinho. O estado de saúde piorou no dia seguinte, nem a máscara de oxigênio estava sendo o suficiente, lembra Marcos. “Infelizmente não conseguia mais respirar com o oxigênio da máscara, minha saturação estava em 45. Foi onde os médicos me orientaram ‘entuba, ou morre'”, conta.
Apesar de entubado, Marcos não apresentou melhora nos primeiros dias. Precisaram duas semanas para que o joinvilense, ainda internado em São Paulo, apresentasse melhora. Foram 19 dias entubado.
Hospitalizado em outro estado, Eliane recebia o boletim médico do marido apenas uma vez ao dia. Na segunda semana de internação, viajou para acompanhar Marcos. “Não poderia visitá-lo, mas sabia que ele precisava de alguém próximo a ele. A partir deste dia ele apresentou uma pequena melhora”, lembra Eliane.
Com o quadro de saúde melhorando, a sedação de Marcos foi retirada no dia 25 de setembro. No dia 7 de outubro ele voltou a Joinville, transportado de ambulância e já com alta hospitalar. “Os médicos falavam de inicio que o processo de internação dele seria longo, de 30 a 60 dias. Isso se ele conseguisse sobreviver”, conta a esposa.
Com 35 dias de internação, Marcos volta para casa com 30 quilos a menos, sem conseguir caminhar ou comer sozinho. Em menos de uma semana, a mobilidade apresentou melhora com ajuda da fisioterapia. Eliane conta que o marido já voltou a fazer as coisas que antes não podia.
Para a companheira, o marido pôde se recuperar pois tinha os recursos disponíveis, como a vacina, tratamento de saúde e equipe médica dedicada.
“Hoje ainda segue em reabilitação, pois é um processo demorado, requer muito empenho, força e uma mente positiva para conseguir superar todos os efeitos pós a internação”, afirma Eliane.
Eliane vê na experiência de Marcos uma esperança em meio à pandemia. “Para dar forças a outros que também passam por isso. A Covid-19 é uma doença traiçoeira”, finaliza.
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