Saiba como será o exame de sanidade mental da assassina da grávida de Canelinha

Psiquiatra detalha como será feito o exame psicológico de Rozalba Maria Grime

Saiba como será o exame de sanidade mental da assassina da grávida de Canelinha

Psiquiatra detalha como será feito o exame psicológico de Rozalba Maria Grime

Redação O Município Joinville

Rozalba Maria Grime, que assassinou a grávida Flávia Godinho Mafra, em Canelinha, no dia 27 de agosto, irá passar por um exame de sanidade mental. O procedimento foi solicitado pela defesa da acusada.

Segundo decisão da Justiça, o exame será realizado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), por um perito oficial.

O psiquiatra Rafael Franco, que atua na clínica Techy, em Brusque, explica quais são os passos do exame. “O juiz elenca provas para uma possível condenação, ou para inocentar alguém. Nesse conjunto de provas o que tem mais peso é o exame pericial”, informa.

O ideal é que o perito tenha habilidade com termos jurídicos, e seja psiquiatra especialista em psiquiatria forense. O juiz nomeia o perito, e estabelece um período entre dez a 15 dias para elaborar o laudo, após a entrevista com a acusada.

Franco ressalta que o exame pericial não é somente a entrevista com a acusada. No exame completo, o perito tem a possibilidade de aprofundar a investigação, solicitando documentos para familiares, questões financeiras, histórico médico, entre outros.

“Com isso, é possível montar um quadro inteiro, e nesse caso não há uma ordem. O perito pode coletar novas provas antes ou depois, sem regra fixa”.

O Conselho Federal de Medicina estipula um roteiro para ser acompanhado durante a entrevista. O perito irá identificar o que foi solicitado e coleta a história do paciente, além da parte psiquiátrica, ele faz o exame do estado mental, para saber se a entrevistada está orientada no tempo e espaço, falando coisas relevantes e com sentido, informa Franco.

Podem ser realizados exames físicos complementares, como exame neurológico, ressonância magnética ou tomografia. Também é possível para o perito solicitar testes neuropsicológicos, que tem como objetivo identificar se o paciente possui déficit cognitivo.

Baseado na entrevista, exames solicitados, pesquisa de histórico familiar, o perito faz seus comentários e conclui a decisão do exame.

“Se o perito já tiver realizado toda a coleta de provas, o prazo é de 10 a 15 dias, mas existe a possibilidade de pedir prorrogação do resultado”, destaca o psiquiatra.

Ele ressalta ainda que o perito precisa identificar se a mulher estava com a capacidade mental plena, se sabia o que estava fazendo no dia do crime.

“O perito tem que estruturar toda uma história de vida e se estava com problemas psiquiátricos importantes que possam ter afetado, se a pessoa teve diagnóstico anterior, e principalmente entender como ela estava no dia do crime, que é o que traz imputabilidade”, comenta.

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Relembre o caso

Flávia Godinho Mafra foi encontrada morta no dia 28 de agosto. Ela era moradora do bairro Cobre, em Canelinha, e estava grávida de 36 semanas. O corpo foi encontrado no bairro Galera.

Rozalba Maria Grime, assassina da grávida encontrada em uma cerâmica abandonada em Canelinha, confessou que matou a vítima com golpes de tijolo na cabeça, de acordo com a Polícia Civil. No depoimento, a mulher afirmou ter usado um estilete para retirar o bebê do útero da gestante.

Segundo o delegado, a mulher admitiu ter contado à vítima que haveria um chá de bebê como forma de atraí-la. Flávia tinha saído de carona para um chá de bebê surpresa.

Ainda de acordo com o depoimento, ela levou a grávida para o bairro Galera, e a atacou com diversos golpes de tijolo.

A mulher ainda informou que estava grávida, e perdeu o bebê em janeiro deste ano. Ela não contou aos familiares e teve a ideia de roubar o bebê.


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