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Técnico Fabinho Santos anuncia saída do JEC: “encerro esse ciclo de cabeça erguida”

Esta foi a terceira passagem dele pelo clube

Técnico Fabinho Santos anuncia saída do JEC: “encerro esse ciclo de cabeça erguida”

Esta foi a terceira passagem dele pelo clube

Bruno da Silva

O técnico Fabinho Santos anunciou na noite de domingo, 17, a sua saída do Joinville. O comunicado aconteceu pouco depois de o Tricolor assegurar vaga à Série D de 2025, o que foi confirmado após a derrota do Hercílio Luz para o Criciúma no jogo de volta das quartas de final do Campeonato Catarinense.

Fabinho foi anunciado no clube em 25 de junho do ano passado e comandou o clube na Copa Santa Catarina e no Campeonato Catarinense 2024. No total, em sua terceira passagem no clube, ele comandou o JEC em 22 partidas oficiais, com sete vitórias, oito empates e sete derrotas. O último jogo dele no comando do clube foi a goleada sofrida no sábado, 16, contra o Avaí, que decretou a eliminação do time nas quartas do estadual.

Ele tem história no JEC também como jogador profissional. Em 2000, ele marcou o gol do título do Catarinense contra o Marcílio Dias.

No Instagram, ele divulgou uma carta aberta falando sobre os desafios enfrentados nesse período e também lamentou as vaias que recebeu da torcida. “Nas redes sociais, era algo que não conseguia entender. Quase uma perseguição. Tudo isso ao treinador que levou o JEC a uma semifinal de campeonato nacional na base”, escreveu. “Nas últimas temporadas, vários profissionais de “expressão” passaram por aqui. E ninguém conseguiu o objetivo”, lembrou em referência ao fato de o JEC estar sem série no Brasileirão desde 2022.

Confira o comunicado do técnico Fabinho Santos

Boa noite! Venho aqui parabenizar todos vocês pela vaga na série D de 2025. Ano passado, quando fui convidado a retornar ao comando técnico, não aceitei nos primeiros contatos. Sabia que a responsabilidade seria muito grande. O clube não poderia ficar mais um ano sem calendário. Foram noites em claro até aceitar essa missão. Recebi mensagens de vários funcionários durante o processo. Algo que me deu confiança para abraçar o projeto Um time de futebol vive de jogos, e o JEC, nos últimos anos, viveu pouco. E você torcedor, manteve sempre essa chama acesa. Montar um elenco pra um calendário de dois meses, é um desafio que só quem passa, tem a dimensão. A Copinha era pra ser um laboratório para o estadual. E foi! Montamos um time no decorrer do campeonato. É só olhar a escalação que começa e a que termina.

Para o estadual vieram novas peças. Algumas com respostas técnicas muito positivas, outras nem tanto. Normal, é do jogo. Desde a segunda rodada fui vaiado. Nas redes sociais, era algo que não conseguia entender. Quase uma perseguição. Tudo isso ao treinador que levou o JEC a uma semifinal de campeonato nacional na base. Revelou vários jogadores que o clube teve retorno financeiro. No profissional, o último técnico que tinha deixado o clube com calendário. Na história do Joinville, o que avançou mais fases na Copa do Brasil.

Nas três passagens como treinador, acertei e errei, sou humano! Mesmo sabendo que a paixão da arquibancada cega, imaginei que o mínimo de respeito eu teria. Nas últimas temporadas, vários profissionais de “expressão” passaram por aqui. E ninguém conseguiu o objetivo. Nunca exigi nada além do mínimo pra exercer essa função no Joinville. Talvez isso seja um grande defeito. A expressão “santo de casa não faz milagre” faz todo sentido. Poderia trazer aqui inúmeras situações vividas nesses últimos meses. Talvez a visão de quem analisa de fora, mudaria. Nesse momento pouco importa. O que importa é que esse grupo de jogadores e comissão, devolveram a dignidade esportiva a esse clube. Ninguém mais vai ouvir que só joga no verão.

Agradeço a todos que foram fundamentais nesse processo. Principalmente os funcionários, e todo o staff que lutam diariamente lá no CT. E pra você torcedor, que apoiou em todos os momentos, meu muito obrigado! Você foi a principal peça envolvida, para que a missão fosse cumprida. Encerro esse ciclo de cabeça erguida, muito grato a Deus por ter conquistado o objetivo. Carregar o peso de uma paixão, da maior cidade do estado exige muito. O livro da história desse clube está aberto para novas páginas serem escritas. As páginas com o nome do Fabinho, e do Fabinho Santos, já foram escritas! E ninguém, nem o tempo, vai apagar! Até aqui o Senhor Deus nos ajudou. (1 Samuel 7:12)

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