Veja o que vereadores falaram sobre a cassação de Mauricinho Soares
Julgamento aconteceu nesta segunda-feira
Julgamento aconteceu nesta segunda-feira
Nesta segunda-feira, 11, aconteceu o julgamento que definiu a cassação do mandato do vereador Mauricinho Soares (MDB) na Câmara de Vereadores de Joinville. Foram 17 votos, sendo 16 a favor e uma abstenção, que definiram a saída de Mauricinho da Câmara.
Após a definição, a reportagem do jornal O Município Joinville conversou com os vereadores sobre o julgamento. O vereador Pelé (MDB), suplente de Mauricinho e que agora será efetivado no cargo, foi o único a se abster durante a votação. Perguntado sobre a situação, ele lamentou, mas quer trabalhar neste resto de mandato.
“O sentimento é de lamentação pela Casa estar passando por esse momento difícil, que eu mesmo com certeza não queria estar passando. Mas, volto para casa com muita vontade e com muito ânimo de continuar o trabalho. Fizemos um trabalho maravilhoso e queremos continuar a ajudar da melhor forma”, comentou Pelé.
Já o também emedebista Cláudio Aragão votou a favor da cassação do mandato do colega de partido. Quando Mauricinho Soares entregou sua carta de renúncia, Aragão foi o primeiro vereador a questionar o julgamento e usou isso como justificativa para votar favoravelmente à cassação.
“O vereador Mauricinho, por carta escrita e por assinatura dele, renuncia ao mandato. Esse julgamento agora a tarde foi simbólico. Ele já havia renunciado. Desde as 8h20, o vereador Mauricinho não era mais vereador. A votação não teve efeito prático. Votar sim ou não, não importava. O que mudaria o voto se não tivéssemos os 13 votos para não cassá-lo, se ele já tinha renunciado. Como era uma questão simbólica, votamos favoravelmente”, explicou Cláudio Aragão.
O parlamentar Érico Vinícius também comentou suas impressões sobre a situação desta segunda-feira, incluindo a ausência dos advogados de Mauricinho durante as duas destinadas à defesa.
“Acredito que para nenhum vereador gosta de fazer uma sessão de cassação de um colega. Porém, isso se faz necessário. É prerrogativa do vereador e o que fizemos foi seguir os ritos que a lei determina. Demos sequência, fazendo da forma mais correta, não cessando jamais o direito de ampla defesa. Inclusive, ficamos aqui por duas horas aguardando a defesa. Penso que era um prazo bem interessante para que pudesse ser feita a defesa dele”, disse Érico.
Por fim, o presidente da Câmara de Vereadores, Diego Machado, um dos autores da denúncia da quebra de decoro, analisou o julgamento e também lamentou o ocorrido. “É um momento muito difícil na história da Câmara. Eu posso garantir que não é confortável e não é feliz para qualquer vereador, mas precisava ser feito. Nós não fizemos um trabalho de investigação dos supostos crimes que estão sendo investigados e que já foram denunciados pelo Ministério Público, mas sim sobre a quebra de decoro. Ou seja, as atitudes do vereador acabaram envergonhando o Poder Legislativo”, finalizou.
*Colaborou Fred Romano
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