Vereadores ouvem empresário para esclarecer contrato de locação da Águas de Joinville
Companhia alugou imóvel na rua Tijucas
Companhia alugou imóvel na rua Tijucas
A Comissão de Urbanismo, da Câmara de Vereadores de Joinville, ouviu o dono do imóvel alugado para a Companhia Águas de Joinville (CAJ), o empresário da construção civil Arlindo Tambosi, nesta quarta-feira, 7, em reunião extraordinária. O empresário e seu genro, Agilson Schmitz, esclareceram as condições do contrato de locação do prédio de mil metros quadrados, localizado na rua Tijucas, 213, no Centro, que serve, desde março, como sede comercial da CAJ. O contrato é de dez anos.
Em resposta a questionamentos do presidente da comissão, Wilian Tonezi (Patriota), os empresários explicaram que o valor excedente do aluguel, de cerca de R$ 1,9 milhão, deveu-se às benfeitorias feitas na obra para a companhia poder ocupar o prédio — banheiros, refeitórios, móveis e decoração — e um novo projeto arquitetônico.
A locação foi efetuada na modalidade “built to suit”, na qual o locador é ressarcido por despesas de obras e outros investimentos. Neste caso, as despesas serão diluídas nos primeiros 24 meses, elevando o aluguel, estabelecido em R$ 36 mil, para R$ 116 mil.
“Essa diferença [no valor do aluguel] é que eles [a companhia] tinham pressa, fizeram contrato para que eu colocasse tudo, quebrasse paredes, fizesse vários banheiros, vestiários, área de lazer. Isso foi uma transformação gigantesca no meu bolso que tive que fazer”, esclareceu Tambosi aos vereadores.
Na negociação, o valor do aluguel acabou baixando de R$ 50 mil por mês para R$ 36 mil, comentou Tambosi. “Fechamos um aluguel barato para favorecer a Águas de Joinville porque é um bom cliente”, disse.
Na reunião, o vereador Neto Petters (Novo) afirmou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomenda a contratação na modalidade “built to suit” a gestores públicos. Disse ainda que a CAJ chegou a avaliar seis imóveis para transferir sua sede comercial, o que demonstra ter havido concorrência.
Arlindo Tambosi negou, em resposta ao vereador Wilian Tonezi, que um pré-contrato tenha sido estabelecido com a companhia, impedindo que a CAJ desistisse do negócio por temer uma multa contratual.
Segundo o empresário, a negociação foi conduzida “no fio do bigode”, graças à confiança que ele tinha na companhia. “Eu rezava para que tudo desse certo”, afirmou Tambosi.
“Estou satisfeito com os esclarecimentos, foi importantíssima a participação de vocês hoje para tirar qualquer dúvida no processo de contratação”, finalizou Tonezi.
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