A pratica do amor próprio e do autocuidado tem sido cada vez mais disseminada. No nosso mundo ansioso e exigente, a cada momento, somos demandados de diversas formas e por vezes o cuidado pessoal fica de lado.

Isso pode acontecer por termos a impressão, errônea, de que praticar autocuidado é algo muito demorado ou caro. No entanto, incluir pequenas atitudes e atividades de cuidado pessoal no seu dia a dia podem fazer grande diferença no seu bem-estar e melhorar sua relação com os outros, sua relação consigo e sua saúde mental.

Vou te ajudar a perceber que colocar autocuidado na sua rotina diária não precisa e não é tão difícil assim. Aqui vão seis coisas simples para você começar a fazer hoje mesmo.

1. Sorrir

Sorrir faz bem, auxilia nosso cérebro a ter um relaxamento neurológico, o que nos ajuda a ter mais foco. Então coloque no seu dia a dia pequenos momentos que te gerem risadas, mesmo que seja aquela escapadinha para olhar as redes sociais e vídeos engraçados.

Quanto tempo você vai gastar com isso: de 1 a 5 minutos por dia.

2. Respirar fundo

Respirar é um ato automático e indispensável à nossa vida, mas atentar à nossa respiração pode ser uma prática de foco e atenção excelente. Além de trazer maior consciência, também nos conecta com o momento presente, que parece ser algo tão difícil atualmente, não é mesmo. Mas o simples fato de respirar fundo, prestando atenção à sua respiração pode ser essa âncora de retorno ao aqui e agora, ao seu momento presente.

Quanto tempo você vai gastar com respirando fundo: de 1 a 2 minutos por dia.

3. Ter contato com a natureza

Independente do local onde você mora, tire uns pequenos segundos para fazer um contato que seja com a natureza: plantas, riachos, gramado, árvores ou as flores do quintal, apreciar a brisa do fim da tarde no rosto, contemplar as estrelas e o céu noturno, o pôr do sol, o nascer do sol ou apenas o céu.

Não tem desculpas, todos conseguimos tirar um minuto que seja para olhar o céu, de onde quer que estejamos. Contemplar a imensidão, ver as nuvens de algodão que se modificam a cada instante.

Essa pequena mudança na rotina faz toda diferença, nos aproxima do momento presente também, nos traz sensação de maior conexão.

Quanto tempo você vai gastar com isso: de 1 a 5 minutos por dia.

4. Exercitar a gratidão

Outro item simples e gratuito é agradecer. Agradecer a si, aos outros ou às suas crenças. Exercitar a gratidão é um ato simples, mas que abre portas para que os pensamentos sejam mais leves e mais positivos. Faça isso: tire uns minutos para listar ao que você é grato no hoje. Desde pequenas coisas como o fato de não ter chovido ou de ter chovido, até coisas grandiosas como as pessoas que fazem parte da sua vida ou a sua própria vida.

Quanto tempo você vai gastar com isso: de 5 a 10 minutos por dia.

5. Aprofundar sensações

A vida no automático pode ser muito corriqueira, mas é preciso sair desse modo sempre que possível. Quantas vezes fazemos as pequenas coisas do dia a dia sem nem nos darmos conta: comemos, tomamos café, penteamos nossos cabelos, tomamos banho, escovamos os dentes, dentre tantas outras coisas. A sugestão aqui é que você possa estar 100% presente em pelo menos uma atividade no seu dia a dia, seja fazendo uma alimentação mais consciente, seja prestando mais atenção quando escova os dentes ou toma banho. Atenção às suas sensações, resgatando o contato com você mesmo e com seu corpo.

Quanto tempo você vai gastar com isso: de 1 a 10 minutos por dia.

6. Dormir bem

O sono é nosso momento de restauração de energia e consolidação de aprendizado. Dormir bem em um ambiente favorável ao descanso mental é fundamental. Mas eu sei que nem sempre é tão fácil conseguir esse sono tranquilo e profundo com as preocupações e ocupações que temos nos dias atuais.

Quanto tempo você vai gastar com a higiene do sono: de 2 a 5 minutos por dia.

Entre 10 e 40 minutos no seu dia já farão toda diferença. Você tem cerca de meia hora para “gastar” com você mesmo?

Te desafio a fazer essas pequenas inclusões no seu dia a dia, por pelo menos uma semana e me contar se fez ou não diferença.

E lembrando, claro, se puder, faça terapia!

Psicóloga Ana Carolina Schmidt