Você se ama? Perguntinha difícil, não é mesmo? Se você respondeu que sim, como está o cuidado que você tem tido com você mesmo? Você tem respeitado seus limites? Tem cuidado de você? Tem tido momentos de lazer? Tem dormido bem? Tem se alimentado bem? Tem dado ouvido pras suas necessidades? Tem feito o que você quer fazer? Tem cuidado do seu corpo? E da sua mente? Amor próprio envolve tudo isso e mais um pouquinho.
Muitas vezes, tendemos a nos “deixar de lado”, em função dos outros muitas vezes. Mas nunca é tarde para olhar com carinho para nós mesmos e retomar esse cuidado com o que é, ou deveria ser, tão importante na sua vida: você mesmo.
Por vezes nos importamos muito mais com as relações com os outros, ter amizades, ter um parceiro ou parceira, e esquecemos de fato de cultivar a própria relação conosco.
O amor próprio é uma construção, assim como toda forma de amor. É preciso se permitir se apaixonar por você mesmo. Amor próprio não é sinônimo de ser perfeito, mas de conseguir enxergar suas potências, valorizar suas conquistas e aceitar suas fraquezas ou pontos de melhoria.
Como seres humanos somos uma constante evolução, não estamos finalizados, e esta é uma das grandes belezas da vida: sempre é possível aprender, crescer e nos desenvolvermos.
Então, aqui vão algumas dicas para começar a colorir mais a sua relação consigo mesmo.
1. Se conheça mais
O primeiro passo para desenvolver o amor próprio é se conhecer. Nos apaixonamos por pessoas à medida que vamos conhecendo elas, não é assim? Essa premissa também é válida pensando no amor próprio.
Você está consigo mesmo 24h por dia, sete dias por semana, mas está se percebendo e se permitindo se conhecer mais? O autoconhecimento está nas pequenas e grandes coisas: desde o que você mais gosta de comer, sua cor favorita, até o seu maior sonho de vida ou a maior dificuldade que já vivenciou.
Nem sempre tiramos um tempo para olhar, pensar ou relembrar situações que fizeram ou fazem parte da nossa história, esse é um passo valioso.
2. Seja sua primeira opção
Não é comum deixarmos de lado o que queremos e ceder em função dos outros, dos pais, dos parceiros, dos filhos. Mas precisa haver um equilíbrio, um momento de levar em conta o que você quer.
Depois de trabalhar o autoconhecimento, entender e compreender o que você quer e deseja para sua vida, fica mais fácil de dizer sim para você e não para os outros. A terapia também pode ser uma ajuda muito importante nesse processo, pois nem sempre é fácil fazer esse caminho!
3. Aceite e se faça elogios
Quantas vezes menosprezamos as nossas qualidades, ficamos encabulados com elogios e até desconfiamos quando recebemos algum? Todos têm qualidades e defeitos, mas não podemos apenas olhar para nossos pontos de melhoria e esquecer que temos boas qualidades. Experimente elogiar aquilo que você faz bem e acolher quando o outro te elogia, isso fará uma grande diferença no apreço que você tem e desenvolve por si.
4. Não aceite menos do que você merece
Outra questão complexa e comum no dia a dia é aceitar “qualquer coisa” e o que vier “está bom”. Se perceba: quantas vezes alguém te pergunta o que você quer e você responde “tanto faz”? A sua vida é valiosa, nem tudo pode ser “tanto faz”. Busque fazer as suas escolhas olhando para o que é melhor para você, dentre as opções disponíveis.
Desde o momento que você compra o seu sabonete, que talvez você pense: tanto faz se for de jasmim ou de lavanda, mas você nem se permitiu sentir o aroma de cada um para saber qual te agrada mais. Até grandes coisas como para onde você quer viajar nas férias.
Mais uma vez o autoconhecimento se mostra fundamental para conseguir fazer essas escolhas mais conectadas com o que faz sentido para você.
5. Tire seus sonhos do papel
Muitas vezes a vida vai tomando rumos que não se esperava e, ao se perceber você nota que deixou de lado sonhos e desejos que eram importantes para você.
Por vezes, até, você se lamenta por não ter seguido esse sonho ou até pensa que é um pouco tarde para isso. Porém, nunca é tarde.
Aprendemos e vivemos até o nosso último suspiro, então, não deixe seus sonhos guardados na gaveta. Se possível, faça um plano de ação: o que você precisa fazer, passo a passo, para alcançar esse sonho?
O mais importante é se permitir conhecer e se apaixonar por você. E, se puder, faça terapia!
Psicóloga Ana Carolina Schmidt
CRP 12/19936