Alagamentos aumentam risco de leptospirose em Santa Catarina, alerta Secretaria de Saúde
Doença pode ser contraída após contato com água de alagamentos
Doença pode ser contraída após contato com água de alagamentos
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou uma nota alertando sobre o risco do contato com água contaminada pelos alagamentos que atingem algumas cidades de Santa Catarina. Além da destruição causada pelas fortes chuvas e enxurradas, após o registro de inundações aumentam os casos de leptospirose.
As águas dos alagamentos podem estar contaminadas pelo esgoto e urina do rato e provocar sérios problemas de saúde. Em alguns casos, a contaminação pode ser grave. Pessoas que tiveram contato com as enchentes e apresentarem febre, dor no corpo e dor de cabeça até 40 dias após o ocorrido devem informar ao médico que tiveram contato com água suja.
“As pessoas que possam ter contato com a água da enchente necessitam usar botas, luvas ou qualquer outro tipo de material que isole os pés e as mãos. Quem tiver algum ferimento deve evitar os locais alagados”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina.
A leptospirose é uma doença grave, causada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente ratos. A bactéria penetra no corpo por machucados e, até mesmo, pela pele sadia quando a pessoa fica muito tempo na água. Por isso, o risco é maior em épocas de enchentes e alagamentos.
Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, começando abruptamente, com febre alta, dor de cabeça, mal-estar e muitas dores no corpo. Um sintoma bastante característico é uma forte dor nas panturrilhas. A leptospirose pode evoluir para quadros graves, com aparecimento de icterícia, a pele fica com um tom amarelo-avermelhado. Os sangramentos podem aparecer na fase mais avançada, com dificuldade respiratória e pode levar à morte.
“É importante termos uma atenção redobrada com os mais vulneráveis, como os idosos, crianças e aquelas pessoas que têm dificuldade de locomoção. Se for necessário ter contato com a água, é fundamental seguir as recomendações e se proteger”, finaliza João.
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