Israel Antunes

Israel Antunes, cronista esportivo, traz a visão crítica a partir do que acontece nos campos, quadras, piscinas e onde mais tiver suor joinvilense atrás de conquistas.

Melhora da equipe do JEC é mérito de seu treinador

Israel Antunes

Israel Antunes, cronista esportivo, traz a visão crítica a partir do que acontece nos campos, quadras, piscinas e onde mais tiver suor joinvilense atrás de conquistas.

Melhora da equipe do JEC é mérito de seu treinador

Israel Antunes

Caso você não assista jogos de futebol com certa frequência e tenha se deparado com as partidas do Joinville contra o Avaí na quarta-feira, 7, e Figueirense neste domingo, 11, não vai acreditar é o mesmo time nas duas partidas tamanha a mudança de postura e qualidade do futebol apresentado.

Foram poucos dias entre as partidas, mas alguns aspectos precisam ser discutidos. É verdade que é comum uma mudança de postura de um jogo para o outro no futebol, mas em situações em que por exemplo tenha acontecido uma mudança no comando técnico ou qualquer fator externo de grande repercussão. No entanto, no Joinville a principal mudança foi a volta do treinador Vinícius Eutrópio a beira do campo. Após cirurgia no rim, o profissional voltou às atividades na sexta-feira e com apenas dois treinamentos e muitas conversas mudou a cara do time.

Claro que a figura do professor e toda sua experiência são ingredientes suficientes para alguma mudança, mas é importante ressaltar que Felipe Sampaio, que vinha sendo o responsável técnico, já havia conquistado bons resultados, como o empate em 0 a 0 com o Marcílio Dias e a vitória contra o Metropolitano, em que Eutrópio estava fora devido a infecção por Covid-19.

Então o que mudou no Joinville para perder desempenho? De oscilar entre sofrer três derrotas e jogar mal, para uma exibição de muita qualidade e um domínio contra um rival na casa dele, como o Figueirense em Florianópolis, que historicamente o JEC sofre? O argumento de que os adversários do JEC nessas três derrotas eram melhores do que o Figueira, não serve, pois o Catarinense está muito equilibrado, tirando a Chapecoense que faz uma campanha tranquila. Então existe um único argumento que sustenta a mudança de postura.

A mudança de postura tem nome e sobrenome no clube, é Vinicius Eutrópio, parece óbvio e estarei chovendo no molhado ao opinar sobre isso, no entanto preciso apontar quais foram as mudanças que fizeram o time ter sua melhor atuação conjunta na temporada no meu ponto de vista. Para isso irei focar no duelo deste domingo contra o Furacão do Estreito.

Ponto a ponto

O JEC começou a partida com mudanças na escalação. O time tinha grandes desfalques, começando pela lateral esquerda, em que Renan Castro, titular, e Vinicius Freitas, reserva, estavam fora por lesão. Essa situação forçou o treinador a optar por improvisar o zagueiro Helerson na posição e ele não comprometeu o desempenho da equipe. Inclusive, atuou com confiança e foi importante na ideia de jogo de Eutrópio em dar mais espaço para Ratinho do outro lado.

Subindo ao meio campo onde o melhor jogador do time estava fora, Davi Lopes (machucado), o treinador barrou o retorno ao time titular do volante Banguelê, que voltava de suspensão. A torcida está de mal com o atleta e foi importante preservá-lo, já que ele ainda pode ser útil na longa temporada de 2021. Desta forma, Alex Nagib e Diogo Santos ganharam sequência na volância e ambos fizeram boas partidas.

Essa tomada de decisão diz muito sobre o poder de comando do professor dentro do grupo. Ele barrou a volta de uma jogador que é um líder no elenco e que vinha jogando mal, no entanto a mexida não viria pelo auxiliar, já que não possui tanta força de vestiário como o seu comandante direto. Grande acerto de Eutrópio, pois preserva o Banguelê e dá sequência a outros jogadores, mantendo o grupo na mão.

Agora falando mais a frente. Como é bom ter jogadores com qualidade superior em um time de futebol. São os casos de Yann Rolim e Thiago Santos, o meia e o atacante dominaram as ações e suas escolhas com a bola deram outro ritmo ao time que vinha sendo previsível. O Tricolor mostrou repertório e fez com que outros atletas, que não possuem ou não mostraram tanta qualidade como eles, crescessem de rendimentos, como por exemplo Luquinhas e Yaya Banhoro, que jogaram muito bem na capital.

Dito isso ficou uma amostra do que podemos esperar do Joinville nos próximos jogos e claro, na sequência da temporada. Um Joinville de qualidade, com variações, com competitividade, com organização, com psicológico em dia e principalmente comando técnico, que era o que estava faltando nos últimos jogos.

Estou crucificando o Felipe Sampaio? Não, mas é notório que o profissional não conseguiu fazer um grande trabalho tendo as mesmas peças de seu líder. No entanto entendo que as escolhas e seu comprometimento são legítimos e com certeza ele irá evoluir e aprender com o Eutrópio, como nós todos aqui em Joinville estamos aprendendo.


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