Relacionamentos fazem parte da nossa vida: família, amizades, estudos, trabalho e os amorosos. Mas como estão as nossas relações? Conseguimos perceber quando estamos em uma relação que não está funcional, que precisa de atenção?
Para te ajudar a entender um pouco e começar a entender os tipos de relacionamentos, vou te apresentar essas quatro formas dos relacionamentos.
1. Relacionamentos funcionais
Relacionamento funcional é aqueles relacionamentos que funcionam. Que tem boa comunicação, tem conexão emocional e é bom, é positivo, não se mostra prejudicial para nenhuma das partes envolvidas. No relacionamento funcional há alguns pilares fundamentais: saúde (em todos os âmbitos: física, financeira, mental), funcionamento básico (ter uma boa fluidez na relação entre o casal e entre vida individual de cada um), afeto (o carinho e a sensação de conexão com o outro).
2. Relacionamentos disfuncionais
Relacionamento disfuncional é o relacionamentos que, como a palavra diz, não funcionam, que acaba por não ter mais conexão afetiva, em que o casal já não se comunica entre si. É uma união que se mantém por conveniência, muitas vezes por conta dos filhos. A conexão de casal parece perdida. É o famoso “empurrando com a barriga”.
Características do relacionamento disfuncional:
- Qualidade de vida se mostra prejudicada
- Não há conexão entre o casal
- Não há intimidade profunda entre o casal
- As afinidades são raras
- Diálogos costumam não ser produtivos
- Há pouca ou nenhuma comunicação efetiva
- Brigas e indiferença são constantes
- Não é uma convivência saudável
3. Relacionamentos tóxicos
Em relacionamentos tóxicos a relação é bastante conflitiva, há muitas discussões partindo dos dois lados. E há agressões, sejam verbais ou físicas. Há uma incompatibilidade e os parceiros se incomodam com o jeito de ser do outro, o que gera esses conflitos constantes. Essa destrutividade do casal aparece pelos dois lados envolvidos.
Características do relacionamento tóxico:
- Geralmente são confundidos com os relacionamentos abusivos
- Prevalecem padrões de convivência destrutivos
- As agressões e gatilhos são recíprocos
- Não se observa desequilíbrio de poder, há oscilação
- Não há existência de manipulação constante e intencional
4. Relacionamentos abusivos
Em relacionamentos abusivos, danos emocionais e psicológicos tendem a ser profundos. Invariavelmente há violência doméstica, sempre há uma dinâmica de manipulação que parte de uma das partes do relacionamento e constantemente ficam traumas.
Confira quatro fatores para identificar um relacionamento abusivo:
- Limitação à vida da vítima: quando a vítima fica limitada na sua vida social, intelectual. Por exemplo, impedir que use determinadas roupas, ou que como determinados alimentos, definir com quem pode se relacionar, etc.
- Insegurança e tensão constantes: a vítima acaba por sentir-se sempre pisando em ovos, não consegue mais ser decidida em suas decisões simples como ir a um local com as amigas, por exemplo, ou com os colegas do trabalho.
- Danos emocionais e psicológicos: geralmente já são perceptíveis e até diagnosticados, por exemplo, ansiedade. Na prática podem aparecer de forma sutil, como deixar de fazer coisas que gosta e mesmo diminuir seu autocuidado.
- Desequilíbrio de poder: não há uma parceria na relação, fica muito claro que um “manda/domina” e outro “obedece/é dominado”.
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Diferença entre relacionamento tóxico e abusivo
A grande diferença de um relacionamento tóxico e um relacionamento abusivo é que no primeiro é uma dinâmica que ocorre quando há uma forma de ser de cada um que não bate, não tem uma sinergia na forma de ser e pensar do casal, e quando eles se separam e eventualmente se relacionam com outras pessoas pode não haver essas características de um relacionamento tóxico.
No relacionamento abusivo há sempre a questão da manipulação e do poder centralizado em um dos envolvidos e sempre haverá violência doméstica envolvida, em todas as possibilidades (física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial).
Quando perceber que está num relacionamento disfuncional, tóxico ou abusivo, busque ajuda profissional para avaliar a situação. Uma terapia de casal pode ser necessária e mesmo que haja a vontade de terminar a relação, a terapia individual pode ser muito importante para que se fortaleça para esse momento de término de relacionamento, que não deixa de ser uma vivência de luto.
Se puder, faça terapia!