Todos nós em determinado momento da vida nos distraímos e perdemos um pouco de nossa atenção. Isso não quer dizer que temos déficit de atenção, por exemplo. Assim como uma pessoa um pouco mais agitada, não é necessariamente hiperativa. O que é então o déficit de atenção e hiperatividade, o famoso TDAH?
A necessidade de um cérebro com TDAH é a dopamina para mobilizar a atividade no lobo frontal. Em outras palavras: falta uma substância na parte do cérebro que faz com que a gente tome decisões. Essa substância, dopamina, é conhecida também como o hormônio do prazer. No nosso cérebro, ela age trazendo uma certa recompensa: situações que geram mais dopamina nos encantam mais e buscamos mais e mais daquilo. Por exemplo, alguns alimentos como o chocolate podem ser ativadores de dopamina, e por conta disso geralmente surge aquela vontade de um docinho, que é bom para nosso paladar, mas também nosso cérebro identifica como um ativador de prazer.
Existem outras coisas que promovem essa sensação e são mais instantâneas, assim como o chocolate, como por exemplo: cigarro, drogas, álcool, sexo, açúcar. Algumas dessas podem ser inofensivas, já outras podem levar a um vício. Quem tem TDAH, nessa busca por dopamina, muitas vezes acaba indo por estes caminhos para suprir a falta desse hormônio do prazer.
Uma característica do TDAH, que pode parecer confusa para quem não conhece, é o hiperfoco, ou seja, uma atenção muito forte direcionada à alguma coisa. Por isso, por exemplo, um menino com TDAH pode ter muita dificuldade de concentração na aula, mas ficar horas a fio jogando videogame. Isso não descaracteriza que ele tenha TDAH.
Confira algumas das principais características de quem tem TDAH:
– É facilmente distraído, têm curtos períodos de atenção;
– Comete erros por descuido, falta atenção aos detalhes;
– Esquece ou perde coisas;
– Dificuldade de se organizar
– Dificuldade de se concentrar nas tarefas e executar instruções mais longas/complexas;
– Começar uma nova atividade antes de terminar a anterior;
– Dificuldade de definir prioridades;
– Frequentemente inquieto ou nervoso;
– Dificuldade em ficar quieto;
– Interrompe os outros continuamente;
– Impaciente;
– Tem mudanças de humor rápida;
– Acaba se colocando em atividades de risco, como dirigir perigosamente.
Apesar de ser bem específico, muitos sintomas são subestimados, por vezes quem não tem TDAH pode passar por uma outra situação assim, e isso faz com que muitas vezes as pessoas com TDAH sejam taxadas de perdidas, esquecidas, desinteressadas, e muitas vezes não são devidamente diagnosticadas.
É possível perceber o quanto esses sintomas, em conjunto, podem ser difíceis para a pessoa no seu dia a dia. O importante mesmo é sempre passar por uma avaliação neurológica e psicológica. Não existe exame de sangue para detectar o TDAH.
Então, se puder, faça terapia!