Olá, eu sou Vitor Forcellini e estarei neste espaço falando de Joinville Esporte Clube e de todas as outras modalidades da cidade. Como atleta frustrado, enveredei para o caminho do jornalismo e pretendo contar para o leitor do jornal O Município Joinville, algumas boas histórias dos campos, quadras e pistas joinvilenses. Acompanhem, elogiem, critiquem e vamos fazer deste local um espaço de conversa e troca de ideias sobre o esporte no Norte do estado. Hoje, começaremos falando de JEC x Marcílio Dias.

No duelo dos grandes ataques, prevaleceu a marcação

Joinville e Marcílio Dias eram os dois únicos times do campeonato catarinense que haviam feito gols em todos os jogos. Com características ofensivas, os times prometiam um jogo bem aberto na Arena. Porém, no duelo de sábado, 29, o que prevaleceu foi a marcação.

O Marcílio conseguiu encaixar perfeitamente a marcação no time do Joinville, deixando os donos da casa sem criação e com problemas na transição ofensiva. Com Lucas de Sá bem marcado e com pouca movimentação ofensiva, o JEC via seus volantes errarem muitos passes e permitirem aos visitantes criar jogadas de perigo. Pelo lado direito, Anderson Ligeiro era o principal nome do jogo nos minutos iniciais. E foi exatamente o camisa 11 que abriu o placar aos 20 minutos, aproveitando falha de Ivan, que bateu roupa em chute de Roberto Pitio.

Em desvantagem o JEC apostou no velho ditado: se não dá na técnica, vai na raça. Com muita luta o time conseguiu quebrar a marcação adversária e ai a técnica apareceu. Aos 28 minutos, Lucas de Sá deu belo passe para Luquinhas, que tirou do goleiro Belliato e fez seu quarto gol na competição, assumindo a artilharia do Estadual.

No restante do primeiro tempo o Marcílio seguiu melhor, mas o Joinville havia acertado seu sistema defensivo e o Marinheiro já não chegava ao gol de Ivan com tanta frequência.

Na etapa complementar os dois times passaram quase todo o tempo brigando pela bola no meio-campo. Ambos chegaram a ter alguns ataques animadores, mas nada que assustasse os goleiros adversários. Os treinadores até tentaram mudar a história da partida. Fabinho Santos colocou três jovens atacantes, Edson, Lucas Caetano e Isaac, nos lugares de Braga, Luquinhas e Adriano, mas o grande destaque do time no segundo tempo foi mesmo Fernandinho. O ponta correu, driblou, sofreu faltas, mas não conseguiu mudar o marcador.

Por outro lado, Moisés Egert também colocou seu time para frente, com os meias Jonatas e Pitty, além do atacante Léo Santos. Os cruzamentos na área foram as principais jogadas do time de Itajaí, mas sem sucesso. No fim, o 1 a 1 fez jus ao que foi o jogo.

O técnico Fabinho Santos não gostou do jogo, mas valorizou o ponto conquistado. Sabe que o catarinense é um campeonato equilibrado e os tropeços em casa acontecem.

Para o Marcílio foi um bom resultado, já que o mantém na briga pela liderança da competição. Para o JEC, embora não vencer em casa seja frustrante, o empate serviu para que a equipe chegasse aos 10 pontos, número que deve garantir o time na próxima fase. Agora o Tricolor tem dois clássicos pela frente: Chapecoense, no Oeste, e Criciúma, em Joinville. Dois jogos para o Coelho confirmar a classificação e buscar um lugar entre os quatro primeiros, para decidir em casa o mata-mata. Se repetir as atuações que vinha tendo no campeonato até aqui, tem boas chances. A deste jogo fica como lição a não ser reeditada.